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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:41 pm

    Baseada no anime Captain Tsubasa J

    Raphael é um jovem rapaz de 25 anos que não gostava de futebol. Um dia, o amigo dele, o capitão do time do Bangu, André Schuweiner, o convidou para uma partida-exibição, contra o Flamengo, pois viu Raphael treinando à noite e, fazendo bonito com a bola nos pés. Na partida, graças ao Raphael, o Bangu venceu o Flamengo por 5 a 2, com três gols de Raphael, que entrou no segundo tempo.
    Um olheiro da Federação Japonesa, Kyoshi Maseru, estava vendo a partida e interessou-se em Raphael. Maseru foi ao vestiário e fez a proposta. Após algum tempo, Raphael, depois de refletir bastante sobre o assunto, aceitou jogar no Japão, mesmo sem experiência, mas, pediu um tempo para aprender as manhas futebolísticas.
    Algum tempo depois, jogando pelo Bangu, Raphael levou seu time para a final do campeonato brasileiro e, venceu o Grêmio por 3 a 0. O jogador Raposa Negra (ele já era muito conhecido no Japão como a futura promessa do futebol japonês para a próxima liga), após isso, foi para o Japão em busca do seu sonho: jogar pela Seleção Japonesa e ser o melhor do mundo!


    Última edição por kiko em Qua Jun 16, 2010 6:53 pm, editado 1 vez(es)
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:44 pm

    Prólogo: O Nascimento de um Novo Herói

    "Estamos nos minutos finais do segunto tempo! O jogo permanece Bangu 2 x 0 en cima do Flamengo, em mais uma partida esplêndida do astro do time, o Raposa Negra, Raphael Gama, que já está de malas prontas para o Japão..."
    - É o meu destino. Não comecei isso por acaso. Serei o melhor, eu prometo...

    Bangu, Rio de Janeiro.
    - Mãe! Vou falar com o meu colega!
    - Tá bom, mas não demora. Logo vou pôr a janta.
    - Tudo bem (André Schuweiner - 18 anos).
    André é um jovem que ama o futebol. Atualmente é um dos goleiros (e uma grande promessa) do Bangu A.C., do Rio:
    - Raphael! Está em casa!? Hmmm, parece que não está. Espera um pouco... Ele me disse que estaria na praça. Bom, vou lá.
    Raphael tinha um caráter meio rude, mas era uma pessoa bem amistosa. Á noite, ele gostava de fazer exercícios físicos numa praça, bem próximo de onde mora.
    André, repentinamente, ouviu chutes, que, pareciam ser chutes à gol:
    - Alguém treinando? Vou dar uma olhada.
    Para espanto dele, seu amigo, Raphael, estava praticando, justamente, o futebol, que ele não gostava:
    - Droga... Ainda não... André!? O que faz aqui?
    - Caramba, mano, você tem talento mesmo!
    - Isso é, apenas, treinamento. Não é porque eu gosto (Raphael Gama - 24 anos).
    - Mesmo assim, você não devia deixar seu talento pro futebol passar em branco, cara! Sabe fazer outras coisas, senão, chutar?
    - Por que o interesse?
    - Apenas curiosidade.
    - Está na hora do meu descanso. Vamos sentar num banco, então, conversaremos.
    Raphael sentou-se num banco, juntamente com André, que estava interessado em saber se ele sabia jogar futebol:
    - E então? Você sabe fazer outras coisas, com relação ao futebol?
    - Tudo bem, vou responder. Quase todos os dias eu pratico meus chutes e minhas habilidades. No começo, foi meio complicado, por ser autodidata, mas, depois, fui me acostumando.
    - Pode me mostrar suas habilidades?
    - Eu não...
    - Ah, vamos lá!
    Raphael não tinha o hábito de negar qualquer coisa pra André, então aceitou a proposta:
    - Muito bem, Raphael, você começará do outro lado do campo, passando por estas barreiras, até chegar na área. Então você chuta, ok?
    - Acho que entendi.
    - Ótimo. Como eu sou um goleiro, vou tentar defender seu chute.
    - Certo.
    - Então vamos lá!
    Raphael, com muita habilidade, desviava de cada barreira, com passadas que mais pareciam passos de dança. André surpreendeu-se com o fato dele estar treinando há algum tempo, mas, não demonstrar cansaço algum:
    - (...) (Movimenta-se com leveza. Nunca vi alguém se movimentar dessa forma. Mais parece um bailarino. Também não se movimenta em linha reta. Isso é novidade pra mim...)
    Mas, enquanto pensava, André notou que, antes memo de Raphael chegar no meio do campo, ele se preparou para um chute:
    - Como!? Dessa distância!? Sem essa, não pode ser! Está muito longe!
    - Aí vai! BLACK FOX SHOOT!!!!!
    Como um cometa, a bola seguiu uma curva inacreditável e, passou sem problemas por André:
    - Ahn...? (Que chute incrível. Não esperava que alguém que nunca jogou futebol, pudesse ter tamanhas habilidades...)
    André ficou estático com o chute e com as habilidades formidáveis de Raphael. Não acreditava que um chute tão poderoso pudesse existir, e, olha que ele viu chutes de jogadores formidáveis:
    - Por que está parado, André?
    - Hmmm. Raphael, você pode vir comigo, amanhã, no treino do time?
    - Onde você quer chegar?
    - Seria um desperdício de talento, você não ter uma chance num clube de verdade. Então, estou pensando que seria uma ótima idéia você vir comigo amanhã. Topa?
    - Não.
    Amdré não esperava um "não" tão rápido e vêemente como o que Raphael deu, então, deu mais um argumento:
    - Você tem talento, mano! Você não quer mesmo fazer parte de um time?
    - Já disse que não!
    - Você tem o sangue, tem a raça, o talento! Vai desperdiçá-lo dessa forma? Muitos queriam ter a chance que você está tendo, mas, só aqueles que tem o devido talento são vistos...
    - Então busque outro.
    - Sei que gosta de desafios, então tenho um pra você: Tente entrar no time e levar o time do Bangu ao campeonato. Estamos na 2ª divisão e queremos o Brasileiro. Vai aceitar ou amarelar?
    - Já amarelei.
    - Espere, por favor! Por que não gosta do futebol?
    Raphael viu que André estava muito entristecido com a decisão que ele tomou, então, resolveu aceitar o convite:
    - Tudo bem então. Eu aceito ir para o treino, mas, vou logo avisando que não pretendo fazer parte do elenco.
    André sentiu-se melhor, depois disso:
    - Ok! Amanhã eu te encontro ás 06:00?
    - Tudo bem.
    - Enquanto isso vamos continuar treinando?
    - Certo.

    No dia seguinte (e na hora marcada), André chamou Raphael e, ambos seguiram para o centro de treinamento:
    - Bom dia, treinador Marcelo!
    - Bom dia, André. E quem é o seu convidado?
    - Bom, o nome dele é Raphael. É o meu amigo e um craque. Você precisa vê-lo em ação!
    Marcelo Santiago é o treinador do Bangu A.C.. Costuma ser bem frio, mas, reconhece um taleno quando vê um.
    Marcelo olhou Raphael de cima a baixo, então perguntou:
    - Já jogou em algum time?
    - Não.
    - Campos de várzea?
    - Não.
    - Escolas?
    - Não num time.
    - Entendo...
    Marcelo chamou André num canto e disse:
    - Este cara nunca jogou futebol na vida! Como, em sã consciência, você quer que eu dê a ele uma chance? Ficou louco?
    - Apenas deixa ele fazer parte do treino. De preferência, pelos reservas.
    Olhou novamente Raphael, que estava observando o gramado, então disse à André:
    - Tudo bem, vou confiar em você. Uma chance e nada mais. Leve-o para o vestiário. Deve haver uniformes de treino sobrando.
    - Obrigado, treinador!
    André o levou para o vestiário, como Marcelo pediu. Marcelo não levava nuita fé nas palavras de André:
    - Muito bem, rapaz. Veremos o que pode fazer com a bola nos pés.
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:44 pm

    Capítulo 1: Acima do Bem e do Mal

    Raphael foi levado para o gramado, por seu amigo, André, que estava na expectativa do primeiro treino de seu amigo. Raphael tinha notado que André, com certeza, estava muito mais tenso do que ele. Raphael sabia que o treinador Marcelo tinha dado uma chance ao seu amigo porque confiava nele, então, não queria desapontá-lo e resolveu dar o melhor de si.
    Marcelo os esperava no gramado, juntamente com os outros jogadores, para o treino tão esperado. Ele queria ver se o que André disse era verdade. André chegava no campo, junto com seu amigo. Para Raphael, havia alguns rostos familiares como o do meia de ligação Jonas Silva, o do lateral esquerdo Ricardo Fabiano, e do zagueiro Thiago Santos.
    Aqueles que conheciam Raphael, não podiam acreditar que um cara que sempre recusou jogar futebol, pudesse ser realmente bom. André estava pronto. Tinha ido para o gol. Marcelo tinha designado Raphael para o meio-campo, no lugar de Geraldinho, no time dos reservas, como André pediu.
    Iniciou-se o treino. Raphael tinha 90 minutos para mostrar serviço. E foi o que ele fez...
    Nos minutos iniciais, Raphael sentira que ninguém lhe passava a bola, então, rapidamente, foi para próximo de um de seus companheiros e pediu a bola. Como não obteve resposta alguma, Raphael tomou a bola e seguiu em direção ao ataque. Em questão de 3 ou 4 segundos, ele tinha alcançado a área, passando por todos, quase que sem ser notado. Impressionado, o treinador ficou surpreso com a velocidade, já que Raphael era forte fisicamente e aparentava ser pesado.
    Dois zagueiros tentavam pará-lo. Com uma movimentação rápida das pernas e passos extremamente incomuns no futebol (André dizia que a movimentação de Raphael parecia passos de dança), ele esquivou facilmente dos dois zagueiros e de um terceiro que se aproximava, deixando o caminho livre para o gol:
    - Isso está fácil demais. É só o que podem fazer?
    Era só Raphael e André, naquele instante.
    Raphael estava dentro da área. André conhecia o chute dele de fora da área, mas, as coisas tornaram-se diferentes agora. Raphael preparou-se para chutar e André viu que seria no canto esquerdo. Raphael também notou isso e resolveu chutar de uma forma desconhecida para André:
    - Pensa realmente que chutarei no mesmo ângulo que você vai? Não abuse da sorte!
    Numa movimentação rápida dos pés, Raphael lançou um chute extremamente semelhante ao LIGHTNING SHOOT, que André já testemunhara na televisão. André não acreditava que Raphael pudesse copiar técnicas de outros jogadores. O chute foi certeiro no ângulo direito do gol de André, sem chance de defesa. Raphael tinha aberto o marcador para os titulares: 1 x 0.

    - Isso não está sendo uma partida...
    Raphael não gostava do fato de o Bangu ser um time tão fraco a ponto de não poder pará-lo. Um jogador que nunca havia jogado futebol profissional na vida, não poderia ter marcado um gol assim, tão fácil:
    - Não me diga que "isso" é o time de vocês?
    - O que quer dizer com "isso"? - respondeu o zagueiro Thiago; - Por acaso não pensa que é melhor do que nós?
    - Melhor? Não, sou BEM melhor que vocês. A menos que possam me mostrar um pouco mais do que isso, vocês não tem chances de entrar na série A do Brasileiro.
    Marcelo viu que Raphael era rude, mas, aquele era o espírito de liderança que ele procurava. Raphael tinha espírito de um verdadeiro capitão:
    - Juarez, passe a tarja para o Raphael! Ele será o capitão, nesse treino, dos reservas. Quero ver o que ele pode fazer.
    - Certo, treinador.
    - Não preciso dessas coisas. Apenas jogo por mim. Não faço acepção de jogadores ou de torcedores. Basta ver uma meta e eu a alcanço.
    Era a primeira vez que André ou Marcelo ouviam palavras como aquelas que ouviram. Eram palavras agressivas, mas fáceis de entender:
    - Suas palavras... Tá certo. Entendi o recado!
    E, chamando a atenção da defesa, disse:
    - Quero marcação cerrada nele! Não o deixem se aproximar da área!
    Não adiantou...

    Quarenta e cinco minutos do segundo tempo: 12 x 0. Recorde dos jogos-treino. Sete gols de Raphael e mais cinco assistências perfeitas, para espanto do time inteiro (e para a felicidade dos reservas). Marcelo não acreditava no que acontecia, então chamou Raphael e André para uma conversa:
    - Podem vir pra minha sala um instante?
    - E, então Rafa?
    - Tudo bem, por mim.
    Foram para a sala do treinador, que iniciou uma conversa que foi decisiva para Raphael:
    - Quero fazer uma proposta pra você.
    - Faça.
    - Quero que você jogue a partida exibição contra o Flamengo, dia 15. Pode ser?
    - Exibição? Deixei claro pro André e vou deixar claro pra você. Não...
    - Antes de terminar a frase, quero que escute. André me disse que você gosta de desafios. Você achou que o time está desacreditado. Então, o que acha de jogar no time, e, achar um time que você ache que seja bom?
    Raphael pediu um tempo pra pensar no assunto. André começou uma conversa com Raphael:
    - Pedir tempo? Mas, cara, você não quer jogar por quê? Se você gosta de desafios, esse seria o maior de todos!
    - (...)
    - Raphael, não acha que você poderá ter grandes possibilidades? Você... Raphael, tá me escutando?
    Raphael tinha parado na rua. Estava observando um rapaz parado na sua frente:
    - E você é?
    - Vi sua partida-treino. Estava conhecendo os clubes cariocas e resolvi parar e ver o treino daqui.
    - Perguntei quem é você.
    - Desculpe a não-resposta. Sou Makoto Soda, seleção japonesa. Como vai?
    Raphael olhou de maneira bem rude nos olhos de Soda, como se quisesse dizer o quanto isso não importava pra ele.
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:44 pm

    Capítulo 2: Rivalidade Nascente

    - Soda, huh? Sei, zagueiro da seleção japonesa...
    Raphael parecia ignorar completamente a existência de Makoto Soda, que viu ele passar sem sequer cumprimentá-lo:
    - Sua fama o precede, sr. Gama.
    - Minha fama? O que você quer dizer com isso?
    - Obviamente vi sua partida. Seu caráter não é um dos melhores...
    Raphael o ignorou completamente. Não quis saber do resto do papo. Chamou André e retirou-se do lugar, deixando Soda com a sensação de que ele não se importava nem um pouco com o que ele dizia. Irritou-se e soltou uma exclamação que mais parecia um urro:
    - Você acha que é melhor do que quem, inseto!
    - Onde está seus guarda-costas, sr. Soda?
    - Para de me ignorar, palhaço! Por acaso você é bem sem-educação. Ignora os outros como se fossem fantasmas!
    - Vamos, André. Estou cansado e tem uma "mosca" zumbindo aqui. Eu odeio moscas...
    - MOSCA!? Ora seu...
    Raphael, mesmo de costas para Soda, desviou-se dele facilmente, sem maiores dificuldades. Raphael continuou a ignorá-lo, mas, dessa vez, falara diretamente com ele:
    - Você é ridículo. Com um caráter desse, não pode jogar bola. Não passa de um esquentadinho. Vá pra casa, criança, passou da hora de você dormir, não acha?
    Soda sentiu-se humilhado. Não podia permitir aquele ultraje, mas, prometeu ao treinador Gamo que não arrumaria mais confusões. Raphael tinha ido embora, mas Soda o seguiu de longe, até a casa dele.
    André tomou a iniciativa de uma conversa com Raphael. Não concordava com a animosidade mostrada na praça:
    - Você nem o conhece, mano. Por que agiu daquela maneira tão rude?
    - E quem te disse que não conhecia aquele sujeito? Uma vez, na Panasonic, fui fazer uma apresentação de um produto para um acionista lá da sede. Você sabe onde fica a sede, não sabe?
    - Sim, eu sei.
    - Então. O acionista levou um convidado que, por sinal...
    - Era ele?
    - Isso. Já não é de hoje que não nos entendemos.
    André viu que já havia uma rivalidade existente entre os dois. Achou isso positivo para convencê-lo a jogar futebol. Estava, apenas, pensando como usar isso:
    - Conheço seu olhar, André, e não cairei nessa nunca!
    - Claro. Já vou então.
    - Até amanhã.
    - Até.
    Ao sair, Soda abordou André, que ficou surpreso por ele ainda estar ali:
    - E, André, avisa pro hóspede abandonar o recinto, senão solto os cães em cima dele!
    - HAHAHAHAHAHA!!!!! - André riu, vêemente; - Ele não tem cães...
    - Acho que não foi isso que ele quis dizer...
    - Certo. Você quer entrar em casa?
    - Não. Apenas queria perguntar-lhe uma coisa: ele é jogador profissional?
    - Não.
    - Ótimo. Entregue esse endereço a ele. É de onde estou hospedado. Obrigado, André.
    Soda, rapidamente, se retirou, talvez por um suposto medo dos "cães" de Raphael. André olhava o pedaço de papel, escrito em japonês, pensando se Raphael aceitaria a proposta.

    Raphael tinha acordado as 4 da manhã, para treinar. Retirou-se para a praça e, como todas as manhãs, fez um treino básico. André acordara com a luz (dormia em frente à janela da sala de Raphael). Como sempre dormia de janela aberta, acordou com a luz acesa:
    - (mmmmmh...?) O que é isso? A essa hora da manhã?
    André foi até a janela ver o que estava acontecendo e, viu que a luz da sala estava acesa. Vestiu-se rapidamente e foi ver o que estava havendo. André ficou assustado. Mesmo que Raphael fosse trabalhar, ele não saía a essa hora. Foi até a praça ver o que estava havendo:
    - (Raphael? A essa hora? O que estará fazendo ali, parado, com a bola?)
    Raphael parecia inerte, mas estava muito concentrado. Parecia imaginar algo.

    Soda, enquanto malhava, estava pensando no seu encontro no hotel. No fundo sabia que não seria a última vez que se enfrentariam. Tudo aquilo era apenas o começo...
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:45 pm

    Capítulo 3: Nasce o Jogador das Trevas, o Raposa Negra

    Alguns dias depois de seu encontro com Makoto Soda, Raphael estava mais tenso do que o de costume. Estava em dúvida se queria realmente enfrentar ele no campo. Foi até o estádio do Bangu A.C. e ficava observando o campo de longe, nostalgico, como se aquele fosse o seu lugar de origem. Marcelo reparou que Raphael estava observando à distância e resolveu aproximar-se:
    - Se pensa que largarei meus ideais...
    - Sem essa, Raphael. Você está observando aí, como se quisesse participar. O que impede você?
    - Eu não...
    - Você devia enfrentar o campo. O futebol não é tão simples quanto parece e, você deve saber disso.
    - Não fale como se já soubesse de tudo!
    - Antes de ir, segure isso!
    - O quê!?
    Assustado, Raphael virou-se e pegou uma bola que Marcelo jogou:
    - O que isso significa, treinador?
    - Não é "o que isso significa" mas, sim, o que isso é pra você. O que é o futebol pra você?
    - O futebol... para mim?
    - Isso. Vá para casa e pense. Se tiver uma resposta, entregue-me a bola.
    - (...)
    - Vou voltar para o treino. Pense com cuidado.
    Raphael não compreendeu o que Marcelo quis dizer mas, daquele momento em diante, ele olhou de maneira diferente para a bola.

    Na tarde do mesmo dia, Raphael, sentado no gramado, ficou observando a bola diretamente. Era como se a bola observasse ele também. Ele se sentia estranho e inerte. Não tinha se mexido dali desde horas atrás. Quando resolveu se mover, pegou aquela bola que Marcelo tinha deixado com ele e foi até a praça, onde treinava. Lá, viu as marcas de seus chutes ainda no chão do campo de várzea. O cheiro de seu suor, proveniente do treinamento, ainda podia sentir, como se ainda estivesse treinando lá. Olhou de um lado para o outro, visando o campo. Seguiu para o centro dele, colocou a bola no chão e ficou observando o gol. Repentinamente, viu naquele lugar, um campo de futebol, onde estavam dois times se enfrentando. A bola, para ele, como uma arma, sendo usada com a força de um canhão de guerra, atirada para os dois lados.
    Tinha começado a chover. Chovia copiosamente. Mais e mais a cada segundo. Uma chuva muito fria num céu extremamente escuro. Raphael lembrou-se das palavras de Marcelo:
    - "O que é o futebol pra você?"
    Raphael olhou novamente para a bola:
    - O que é futebol para mim...
    Direcionou seu olhar contra o gol, que parecia ameaçador. Afastou-se alguns passos da bola e, disse consigo mesmo:
    - (O futebol é uma guerra. É um esporte onde dois times se chocam. Dois se enfrentam com um único objetivo...)
    E seguindo em direção à bola, gritou em alta voz:
    - VENCER O ADVERSÁRIO A QUALQUER CUSTO!!!!!
    O chute dado por Raphael fez com que a bola explodisse na grade do campo e, por pouco, não a destruísse.

    No dia seguinte, André estava indo ao c.t. do Bangu A.C., quando viu, na praça, uma grande concentração de curiosos na grade do campo:
    - O que houve aqui?
    - Veja você mesmo.
    Assustado, André viu a grade totalmente arrebentada e marcas no campo. Foi até ao c.t. perguntar se alguém sabia de alguma coisa, mas, todos também estavam curiosos.
    Marcelo tinha chegado naquele momento ao c.t.. Encontrou Raphael esperando por ele:
    - Raphael? O que está fazendo aqui?
    - Você me perguntou o que era o futebol para mim. Aqui está sua resposta, treinador.
    E, Raphael jogou a bola destruída aos pés de Marcelo:
    - Fiquei treinando a noite, não, a noite e a madrugada inteiras, para entender isso. Agora, treinador, eu entendo e o agradeço por isso.
    - Se entendeu, o que decidiu?
    - O futebol é um esporte onde dois campos se chocam com um único objetivo em comum, que é vencer seu oponente à qualquer custo, então, eu decidi que aceito mais esse desafio.
    - O que quer dizer?
    - Vou aceitar jogar pelo Bangu e, se quiser, entre em contato com o presidente do clube. Quero entrar já na próxima partida.
    - Ótimo. Vou apresentá-lo aos seus companheiros.
    - Não faça isso.
    - Por quê?
    Raphael não disse o porquê mas, sentiu-se na obrigação de fazer isso pessoalmente, à maneira dele. Dirigiu-se ao gramado e passou as notícias:
    - Raphael!? - disse, André, espantado - O que faz aqui?
    - Não fique surpreso ou com essa cara de cachorro molhado, André. Agora você vai ver-me mais freqüentemente.
    - O que você quer dizer com isso?
    - Agora sou o mais novo membro do time. Serei o novo companheiro de vocês para as próximas temporadas.
    Surpresos, André e os outros membros do time não podiam acreditar no que ouviam. Raphael viu que ali era onde tudo iria começar. Um novo começo de uma nova vida:
    - (Esse será um desafio grande. Veremos se você está apto a ele...)
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    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:45 pm

    Capítulo 4: O Campo de Batalha: E aí vem o Flamengo!

    Alguns dias depois...

    O time do Bangu A.C. estava treinando para o jogo-exibição contra o Flamengo, no Maracanã. Todo o time estava treinando duro para o jogo, com a exceção de Raphael, que treinava por conta própria. Raphael buscava, apenas, melhorar sua velocidade e técnica, não visando o entrosamento em equipe.
    O Flamengo não parecia preocupado com o jogo contra o Bangu. O Bangu jamais tinha sido uma ameaça iminente à qualquer time. O capitão do time, Tiago Santos, também não parecia preocupado na coletiva entre os capitães dos times e a comissão técnica:
    - Vocês acham que essa partida será fácil?
    - Nenhuma partida é fácil, mas estamos muito confiantes na vitória.
    - O Bangu, atualmente, está na segunda divisão do campeonato brasileiro. É, também, considerado o time mais desacreditado do campeonato. Vocês acham que...
    No exato momento que o jornalista iria terminar a pergunta, Raphael, que estava atrás dos jornalistas, no portão de acesso à sala de imprensa, resolveu tomar a frente da discussão:
    - E vocês, por acaso, vão perguntar se eles não acham que o Bangu é um time patético, não é?
    Fez-se um silêncio entre os jornalistas. Tiago também não respondeu nada. Apenas um jornalista, Marco Aurélio, da revista japonesa Go-Go Sports!, ficou interessado no comentário de Raphael:
    - Sou Marco Aurélio, da Go-Go Sports!. Raphael, gostaíamos de ouvir o que você tem a dizer do jogo. Primeiro, você joga no Bangu? Em que posição?
    - Sim. Sou centro-avante.
    -Diga o que você acha da partida.
    - Não acho nada, mas é melhor não subestimar o Bangu, pois, não sabem o quanto eles podem ser bons. Sr. Tiago, tenho uma pergunta a fazer pra você.
    - Faça.
    - Como irá sentir-se no caso de perder numa partida para uma zebra fracassada, como o Bangu?
    André não entendeu o comentário de Raphael:
    - Zebra fracassada!? Raphael...
    - Silêncio, André. Ainda espero uma resposta do sr. Tiago.
    - Não preciso responder a isso!
    - Está com medo? Faz sentido...
    - O que você disse!?
    Tiago levantou-se agressivamente contra Raphael, mas, foi impedido por André que, tentou converter a situação:
    - Fica calmo! O Raphael é assim mesmo. Ele é rude, mas é muito gentil.
    Raphael se retirou da sala sem dar qualquer declaração.

    Na saída, André procurou Raphael. Queria explicações sobre àquelas declarações na sala de imprensa:
    - Por que fez aquilo?
    - Por que fiz aquilo? Então vocês ficam quietos quando são ridicularizados? Não acham que os torcedores exigirão satisfações de vocês? André, não vou falar mais nada, prometo, mas, se vocês não lutarão por seus objetivos, não serei eu que vou lutar por vocês. Já disse e repito: um time é o que os jogadores são!
    - Não faz sentido. Você está no nosso time, mas, é como se não estivesse! É melhor, então, que saia do time. Não precisamos de você, se for para não nos apoiar!
    - Então, tudo bem, André. Façamos do seu gameshow.
    Raphael retirou-se do local, pegou seu carro e se retirou dali. André ficou com medo de ter dito algo que não devia. Ele sabia que Raphael era muito temperamental e, uma palavra dessas, poderia tê-lo ofendido.
    Raphael tinha voltado à praça, onde treinava quase que diariamente. Estava sentado, refletindo sobre o que tinha feito. Ele sabia que André, talvez, estivesse certo, mas, também sabia que nunca mudaria seus ideais. O futebol como uma guerra. Dois lados em combate constante. Ele sabia que era um ponto de vista agressivo, mas era no que ele acreditava. Olhava as crianças jogarem bola e olhava o seu futuro. A camisa amarela, azul e branca, não saía de sua mente...

    Tarde de domingo...

    O estádio do Maracanã estava cheio de torcedores flamenguistas. Havia alguns gatos pingados torcendo para o Bangu, mas, nada que apagasse o brilho rubro-negro do estádio.
    Os times estavam nos seus vestiários. Os jogadores do Bangu estavam muito tensos, devido ao atraso de Raphael:
    - Treinador, onde está o Raphael? Ele já devia estar aqui, não é?
    - Ele está na súmula, mas, nunca tinha se atrasado dessa forma. André, sabe de algo?
    André não olhou o treinador, mas, respondeu à pergunta:
    - Ele não virá...
    - O que disse!?
    A notícia pegou os jogadores desprevinidos. Marcelo ficou nervoso, mas percebeu do que se tratava. Um anúncio foi ouvido no vestiário:
    - Os times já podem se direcionar ao gramado. Cinco minutos para o início da partida
    Marcelo não podia mais fazer nada naquele momento:
    - Certo, então. Vou manter o nome dele no banco. Vocês vão jogar e fazer o melhor que puderem. André liderará vocês. Marcinho, você entrará no lugar do Raphael!
    - Sim, treinador Marcelo!
    - (Espero que você apareça e faça o seu trabalho...)
    O time do Bangu A.C. direcionou-se ao gramado e, já estavam sendo esperado pelos jogadores do Flamengo. Tiago percebeu que Raphael não estava em no banco, então, reduziu o time:
    - Cadê o falastrão? Ficou com medinho, foi? Não pode vencer, então, ficou em casa! Deviam fazer o mesmo, sabiam?
    André revoltou-se. Lembrou-se das palavras de Raphael e contra-atacou:
    - Ele não fugiu! Apenas atrasou-se. Vocês logo o verão e vão se arrepender!
    O juiz iniciou a partida. A saída de bola ficou com o time do Flamengo que, em pouco tempo, avançou ao ataque, encurralando o time do Bangu. André tentava arrumar as coisas, na defesa:
    - O que está acontecendo!? Olha a defesa, OLHA A DEFESA!!!!!
    Não adiantou muito. A defesa parecia desnorteada. Isso terminou num ataque fulminante do atacante Cesar, em jogada fantástica do capitão Tiago:
    - Vejamos se pega essa! Essa vai no canto!
    Um chute certeiro. Apesar do esforço de André, não conseguiu evitar o primeiro gol do Flamengo, aos 10 minutos o primeiro tempo:
    - Droga!
    Tiago aproximou-se de André e disse, com ar de deboche:
    - Viram só? Vão se acostumando, pois é isso que terão! Faremos mais gols, além desse, pode apostar!
    André estava zangado, mas não podia alterar-se, pois era o capitão do time e, precisavam dele.
    No portão de acesso à arquibancada, Raphael observava o jogo...
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:45 pm

    Capítulo 5: A Fúria do Animal

    O jogo não ia bem para o Bangu A.C.. Parecia que o Flamengo preparava uma goleada:
    - Vamos ao ataque! Eles não são páreo pra nós!
    André sentia-se pressionado pela falta de definição do Bangu. Podia estar zangado com Raphael mas, no fundo, sabia que ele faria uma grande falta no time:
    - O que estão fazendo? Tirem a bola deles!
    Não adiantou muito. Tiago pediu a bola, e Santos a passou com precisão. Marcado pelos zagueiros do time, Jonas e Tomás, Tiago viu uma chance de passar a bola para Cesar, que vinha pela esquerda, livre:
    - Cesar, marca!
    - Valeu, capitão!
    André viu a defesa desmoronando perante o ataque rubro-negro. Cesar chegava, com perigo, ao gol dele:
    - Agora vai! Toma essa, goleirinho!
    Num rápido movimento, André espalmou a bola, que foi para o outro lado. Rapidamente, Tiago esquivou-se dos zagueiros e foi em direção à bola:
    - Ela é minha!
    André mudou sua direção rapidamente, e foi em direção à bola também:
    - Não vai não! Não permitirei!
    - Veremos você pega essa!
    - O quê?
    Rapidamente, Tiago passou para Cesar, que estava preparado do outro lado do gol:
    - Cesar, é sua!
    - Não pode ser!
    - O gol é nosso!
    André apoiou-se na trave direita e pegou impulso para tentar defender a bola com os pés:
    - Vamos, vamos, VAMOS!!!!!
    Milagrosamente, André desviou a cabeçada de Cesar para a linha de fundo, com os pés:
    - Não acredito! Não pode ser!
    - Consegui... mas, por quanto tempo?
    Raphael, observando da entrada das arquibancadas, viu André em dificuldades:
    - Viu André? O jogo não é só fazer milagres. A defesa não é só você. Não irá agüentar o Flamengo por muito tempo.

    Escanteio pro Flamengo cobrar, da direita.
    Souza foi cobrar. Mandou a bola para fora da área, surpreendendo a defesa banguense. Tiago a esperava de fora da área:
    - Defesa, rápido, interceptem a bola!
    Tiago subiu para pegar a bola:
    - Não vou deixar essa defesinha pegar a bola de mim!
    Subindo mais que a defesa do Bangu toda, Tiago passou a bola para Cesar:
    - Vai, Cesar!
    - Essa não!
    Numa cabeçada certeira, Cesar marca o segundo gol aos 45 do primeiro tempo.
    - Droga! Droga! DROGA! Por que não conseguimos!? Eu disse que não precisávamos dele! Não podemos falhar dessa forma!
    Marcelo cruzou os braços e seguiu para os vestiários:
    - (Onde você está, Raphael?)
    O juiz apitou o final do primeiro tempo. O Flamengo estava ganhando por 2x0, mas parecia estar brincando com o Bangu. Os jogadores do Bangu seguiram, cabisbaixos, para o vestiário:
    - Precisamos dele, André...
    - Não precisamos! Podemos vencer sem ele!
    - Cai na real, capitão! Não podemos! Sem ele, não podemos!
    - Ele não joga com o time, então, não está nele.
    - Capitão!
    - Sem mais papo.
    Ao entrar no vestiário, deram de cara com Raphael, já uniformizado e pronto pro segundo tempo:
    - O que pensa que fará, Raphael?
    - Vocês não são adversários pro Flamengo, o que é ridículo, pois, não passa de um time que só ataca e não defende nada. Acha que retrancando o time, vai conseguir algo? Não vê que está fazendo tudo errado?
    - Ao menos, o time está unido!
    - União? Se isso significar perder um jogo, prefiro jogar sozinho! É isso que vocês querem? Perder esse jogo e serem humilhados? É assim que querem ganhar o Brasileiro e serem reconhecidos?
    - Cale-se, Raphael! Você não entende!
    - Você é que não entende! Olhe pra eles! Olhe pra eles, André!
    André observou cada um dos jogadores atentamente:
    - Esse é o Bangu A.C.? Um time de derrotados? Eles não querem mais perder, André. Eles não agüentam mais perder!
    - Pessoal...?
    E, Raphael acrescentou:
    - Vocês querem perder? Perder para o Flamengo? Perder para qualquer time? É isso que vocês querem?
    - Nós queremos vencer!
    - Queremos ser reconhecidos!
    André não podia acreditar no que ouvia:
    - É, assim, não é? Então vocês não precisam de mim, nem como capitão, nem fazendo parte do time...
    - Capitão?
    - Estou deixando o time.
    Raphael viu André desconsolado e, resolveu intervir:
    - Não disse pra você ir contra seus princípios, André. Disse para ser mais corajoso e enfrentar, sem medo, o Flamengo ou qualquer time que vier. Chega de medo. Chega de retrancas. Chega de sermos covardes! Nós vamos vencer, é só aceitarem o futebol-ataque. Vamos partir com tudo pra cima do Flamengo!
    - É isso ai!!!!!
    André não disse nada. Marcelo apenas ouviu a conversa. Raphael estava pronto, mesmo não obtendo uma visível aprovação do treinador:
    - Trenador Marcelo, perdoe-me pelo atraso mas, aqui estou e pronto para vencer quem passar por mim.
    - Marcinho...
    - Senhor!
    - Você dará lugar ao Raphael...
    - Certo.
    Marcelo virou-se e seguiu para o gramado. André virou-se e jogou a braçadeira de capitão para Raphael, que a ignorou:
    - Agora você é o capitão...
    - Não preciso disso. Você é o capitão, mas não espere que eu acate ordens.
    E acrescentou:
    - A única coisa que eu quero é vencer. Não vou perder. Não existe empate ou meio-termos. É vitória ou derrota!
    Raphael, juntamente com o restante do grupo, retirou-se do vestiário e seguiram para o gramado:
    - (Raphael, você está certo em sermos mais corajosos, mas, não pode me obrigar a ser como você. Meus companheiros não conhecem você, como eu o conheço...)
    Indo em direção ao gramado e usando a braçadeira, André foi parado por Marcelo:
    - Treinador?
    - André, saiba que eu não concordo com o Raphael. Futebol não é guerra, futebol é arte e força. Futebol é um jogo de onze, um time. Mas, não temos escolha, temos que contar com ele...
    - Eu sei disso, mesmo não aceitando. Vou continuar controlando a defesa, mas, ele é melhor do que eu pra comandar um time completo. Não sei, mas acho que podemos confiar nele...

    O Flamengo já estava esperando o Bangu, no gramado. Tiago viu que Raphael estava no campo e, logo, começou a provocá-lo:
    - Pensei que tinha ido pra debaixo da caminha da mamãe!
    - O que disse?
    - Covardes, como você, nem deviam estar jogando futebol. Futebol é pra quem sabe!
    - Vai engolir suas palavras, como fez da última vez. Seu time pagará pela sua insolência.
    - O que disse!?
    - Vou fazer você ter medo da bola! É isso que eu disse!
    Raphael também deu ordens ao Ricardo, que iria dar o primeiro toque:
    - Passe a bola pra mim. Não vou ficar perdendo tempo com times fracos.
    - Certo.
    O juiz apitou o início do segundo tempo. Como o combinado, Ricardo passou a bola para Raphael:
    - Não vou deixá-lo dominar a bola!
    - E quem disse que vou dominar?
    - O quê!?
    Raphael preparou-se para dar um chute do meio-campo, surpreendendo Tiago:
    - Nem vem! É impossível! Do meio-campo!? Ele não seria louco!
    André também ficou perplexo:
    - Não acredito! Ele não vai fazer o que estou pensando!
    O mundo parecia estático. Makoto Soda tinha chegado ao estádio, naquele momento, com um olheiro japonês:
    - É aquele do... O QUÊ!? Ele irá chutar do meio-campo? Não acredito! O que ele está tramando!?
    Raphael estava pronto para iniciar um ataque em massa ao Flamengo. Lembrou-se de seu treinamento na chuva:
    - Meu objetivo... meu objetivo... é...
    E, com a bola nos pés, disparou uma bala de canhão:
    - É VENCER À QUALQUER CUSTO! BLACK FOX SHOOT!!!!!
    A bola atravessou todo o campo adversário e acertou o abdômen do goleiro do Flamengo, deixando todos perplexos:
    - Franco!!!!!
    Foi um gol que deixou toda a arquibancada imóvel. Cinco segundos do segundo tempo. Primeiro gol do Bangu, na partida. André ficou sem ação:
    - O que foi aquilo? Um chute? Impossível!
    O treinador Marcelo também ficou sem palavras. Soda, que viu o chute, suava frio:
    - Ninguém acreditará se contar. Isso foi um chute? Deixou o goleiro desacordado!
    Tiago foi ver seu companheiro e, percebeu que ele estava inconsciente. Foi tirar satisfações com Raphael:
    - Seu canalha! Por que fez isso!?
    - Esse é o meu futebol. Deixei bem claro que o time iria pagar por sua insolência, sr. Tiago. E isso é só o começo. Prometi fazer com que você ficasse com medo da bola, e vou cumprir!
    Raphael deixou o time do Flamengo assustado. Mais parecia que ele tinha transformado-se numa fera enlouquecida. André não acreditava no que via:
    - R-Raphael? O que deu em você?
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:46 pm

    Capítulo 6: Um Titã no Campo! O Jogo da Vitória!

    Raphael tinha entrado no jogo de maneira agressiva, visando apenas a vitória sobre o Flamengo. O chute dele, tinha deixado desnorteado o capitão Tiago, do Flamengo:
    - Acorda, sr. Tiago! O jogo ainda não acabou. Veja, já substituíram o goleiro. Podemos continuar a partida.
    Raphael voltou pro campo do seu time e, modificou as ordens que tinha dado:
    - Deixem eles se aproximar um pouco. Quero ver a reação deles ao gol que fiz.
    - Tem certeza? Não é arriscado?
    - Confiem em mim. Não farão gols.
    Foi dado o toque. O time do Flamengo começou a tocar a bola, à pedido de Tiago, mas, o time do Bangu não esboçava reação:
    - O que estão fazendo? Estão completamente imóveis!
    Tiago ficou surpreso pela atividade de Raphael, que tinha ficado no campo de defesa. Queria saber o que ele estava tramando:
    - Miserável! Não vai atacar mais? Então tá certo! Vamos nós!
    O time do Flamengo tomou a frente no jogo, partindo pro ataque. Raphael viu que Tiago tinha caído na armadilha:
    - (Então, é isso...) Pessoal, marcação homem a homem! Não permitam passes!
    O time do Bangu, repentinamente, tornou-se uma muralha defensiva intransponível. O ataque do Flamengo via-se completamente sem saída, a não ser, recuar a bola:
    - Pessoal, vamos! Passem pra trás! Desfaçam a defesa deles!
    - Certo, capitão!
    Nem tinha dado tempo de passar a bola, e, Raphael já a tinha tomado:
    - Preste mais atenção à sua volta, Cesar!
    - O quê? Como?
    Tiago mandou trocarem a tática. Já era tarde quando percebeu a armadilha:
    - (Como eu pude ser tão idiota?) O que estão fazendo!? TODO MUNDO PRA TRÁS!!!!! Marcação no Raphael! Tirem a bola dele, agora!
    Raphael percebeu a tática de Tiago e ajustou-se à ela. Vendo que estavam tentando cercá-lo, André mandou o time auxiliá-lo:
    - Ajudem-no, agora!
    - Não preciso disso! Agora eles verão minhas habilidades!
    Raphael mudou sua postura de corrida, projetando sua cabeça pra frente e seus braços para trás, como um pássaro voando:
    - Agora vejam isso! EAGLE KEEP!!!!!
    A velocidade dele tinha aumentado de maneira impressionante, deixando os jogadores do Flamengo e do Bangu sem ação. Em 7 segundos, tinha chegado próximo a área do Flamengo:
    - Não pode ser! Como ele pode ter chegado na nossa área tão rápido? Marcação, MARCAÇÃO!!!!!
    Não adiantou. A defesa não foi rápida o suficiente para marcá-lo, o que resultou no segundo chute:
    - Agora!!!!! FOX SHOOT!!!!!
    A bola fez uma curva, que enganou o goleiro, levando-a para esquerda, marcando no placar do Maracanã, 2x2 aos 6 minutos do segundo tempo, deixando a torcida rubro-negra estática e, levando a torcida banguense ao delírio total:
    - Não acabou ainda. Ainda não pagaram pela insolência.
    - O que disse?
    - Isso que você ouviu, Tiago. Ainda faltam 3 gols...
    - C-Como?
    - Três gols e você passará a ter medo da bola.
    O juiz apitou. Cesar tocou para Tiago, mas, assim que ele tocou a bola, Raphael tomou-a, passando para Douglas, um dos atacantes do time:
    - O-O quê? Como foi que...
    - Avance, Douglas!
    - Certo!
    Tiago ficou parado no meio-campo, tentando acreditar no que estava acontecendo:
    - Isso pode ser possível?
    - Nunca se subestima um oponente, mesmo que este oponente seja uma zebra fracassada, como nós!
    Tiago não podia fazer nada. Estava paralizado. Cesar tentou reanimá-lo:
    - Capitão, não fique desse jeito! Vamos marcar gols! JUNTOS!!!!!
    - Não... não podemos... vencer ele?
    - Nós podemos sim! DEFESA, VAMOS MOSTRAR PRA ELE O QUE É FUTEBOL!!!!!
    - Inútil. Douglas, passa!
    - Certo!
    Douglas tocou a bola, em direção ao Raphael, que estava sendo marcado por três. Cesar tomou a frente da investida:
    - Não deixem ele tocar na bola! Façam falta, se for preciso!
    Não precisou. A defesa rubro-negra se atrpalhou, permitindo o domínio de Raphael e o avanço dele para o ataque:
    - Não são uma defesa coesa. Estão mais para baratas tontas!
    - Como!?
    - Aí vai, e não repetirei o chute! INVERTED FOX KICK!!!!!
    O goleiro reserva, Kaique, esforçou-se e, até conseguiu tocar na bola, mas não conseguiu impedir o terceiro gol do Bangu. 3x2, aos 12 minutos do segundo tempo.
    Cesar olhava, assustado, para Raphael:
    - Como podemos parar esse demônio? Capitão... Será que você estava certo? Não podemos vencê-lo?

    Makoto Soda tinha ficado surpreso com a milagrosa reação banguense e a apatia rubro-negra perante o titã do Bangu, Raphael Gama. Estava tentando entender o jogo:
    - Que foi isso? Qualquer time teria ficado abalado com esse ataque. Foi muito rápido... Um, er... Sr. Maseru, o que achou dele?
    Maseru Kyoshi, o olheiro japonês, estava muito atento às jogadas de Raphael e, respondeu à pergunta de Soda:
    - Ele é muito individualista, mas..., não dá pra saber se isso é o que ele sabe. Mas uma coisa posso dizer: ele é uma promessa mundial.
    - Uma promessa...
    Marco Aurélio, que tinha percebido a estada de Soda e de Kyoshi no campo, aproximou-se deles:
    - Soda Makoto?
    - Marco? O que faz aqui?
    - Observando o titã do Bangu A.C.. Acho que estão fazendo a mesma coisa, não é?
    - Talvez.
    Lateral para o Bangu. Douglas cobrou, lançando a bola para Raphael. Apesar de fecharem a marcação nele, os jogadores rubro-negros pareciam completamente apáticos:
    - Então, esse é o time do Flamengo? Esperva mais de um dos 4 grandes times cariocas!
    Raphael partiu para o ataque, sem dificuldades. Kaique tentava armar a defesa, sem sucesso. Raphael tinha o total controle da situação:
    - Se não esboçarão, sequer, uma reação, então esse game acabou pra vocês. GAME OVER!!!!!
    E, mais uma vez, preparou-se para chutar. Cesar tentou evitar o chute com um carrinho:
    - Não vou permitir! HYAAAAAAAAAAAAAA!!!!!
    - (Mais um querendo se amostrar?) Pega essa então! SPIRAL FOX KICK!!!!!
    Cesar tocou na bola, desviando a trajetória:
    - Consegui!?
    - É o que pensa! Olha de novo...
    - Como!? O QUÊ!?
    A bola tinha, apenas, saído pouco de sua trajetória, fazendo com que se tornasse indefensável para o goleiro, Kaique:
    - Droga, essa não!
    A bola entrou, marcando 4x2 no placar do Maracanã. Gol feito aos 30 do segundo tempo:
    - DROGA!!!!! Não poderemos recuperar isso nunca! - disse, desolado, Cesar.
    Tiago, que tinha se aproximado dele, tentou reanimar seu parceiro:
    - Certo, já que não podemos vencê-lo, então, derrubaremos o Golias deles, como Davi fez.
    - Capitão? Você... Nós vamos ao ataque, capitão?
    - O time deles é de um só. Podemos, ao menos, fazer um gol neles. Temos 15 minutos, mais acréscimos, que tenho certeza, não serão mais de 2 minutos. Então, parceiro, vamos mostrar o que é um bom trabalho de equipe?
    - (Capitão...) Certo!
    Então, num salto corajoso, Cesar transmitiu o recado de Tiago, para os companheiros:
    - Ouviram o homem, pessoal! Não vamos ficar pra baixo. Vamos tentar marcar um gol! Não! VAMOS MARCAR UM GOL NELES!!!!!
    Os jogadores do Flamengo, com esse discurso, recuperaram a sua auto-confiança, despertando a atenção de Raphael:
    - (Parece que o último gol será o mais difícil. Veremos a capacidade de vocês, agora.)

    Makoto Soda também viu que, aquele, era um jogo de onze contra um. Não parecia, pra ele, que havia qualquer chance do Flamengo marcar ou levar um gol:
    - O jogo acabou. Faltam apenas 15 minutos. Acho que, agora, o Bangu apenas vai administrar o placar.
    - Não tenho certeza disso, Soda. - disse, discordando, Marco Aurélio; - Ele não disse que faria cinco gols?
    - Sim, mas, seria humilhação demais!
    - Raphael não parece preocupado com isso. Veja, é um ataque do Flamengo!
    Tiago estava passando pelo meio-campo do Bangu, sem tomar conhecimento de nada:
    - Não vamos parar! Vamos marcar um gol! Cesar, é sua!
    Cesar recebeu a bola, num passe perfeito:
    - Belo passe, capitão!
    Mas, ao tentar seguir em frente, foi interceptado por Raphael:
    - O quê!?
    - Já disse pra prestar atenção na bola!
    Tiago, numa rápida reação, ordenou à defesa para fechar o gol:
    - Não deixem ele marcar! Impeçam ele à qualquer custo!
    - Certo!
    O goleiro, Kaique, também estava determinado a não permitir outro gol de Raphael:
    - (Acabou. Você não fará mais gols por aqui.) Não vão atrás dele! Deixem ele vir até vocês!
    - Entendido!
    Raphael ficou surpreso com a reação rubro-negra. Parecia mais difícil chegar ao gol, do que antes:
    - Dois minutos. É, eles melhoraram em muito pouco tempo. Mas não irão me deter!
    Raphael viu uma brecha na defesa e, resolveu chutar por entre a zaga rubro-negra, mas a bola foi desviada e bateu no travessão, subindo a um ângulo de 75°:
    - Conseguimos? CONSEGUIMOS!!!!!
    Raphael viu a bola e refletiu sobre um treino que teve, tempos atrás:
    - Graus? 75 graus? É isso!
    E, correndo velozmente, em direção à trave esquerda, disse em voz alta:
    - Ainda não acabou, não é!?
    Agarrou-se à trave e subiu rapidamente ao travessão, antes da bola terminar sua subida. O goleiro Kaique e os outros jogadores, ficarão assustados, juntamente com os espectadores:
    - O que ele vai fazer?
    - Aguarde e tente defender essa!
    Raphael lançou-se contra a bola e, num movimento incrível, deu uma cabeçada de ponta-cabeça na bola:
    - N-Não pode ser possível!
    - Aí vai! TRIANGLE FORCE!!!!!
    O goleiro Kaique ficou sem ação, permitindo o quinto gol de Raphael e, do Bangu. O juiz tinha apitado o fim de jogo. 5x2, como o prometido...
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:46 pm

    Capítulo 7: Futuro e Destino: O Campeonato Brasileiro da Divisão de Aço!

    Um gol e o Flamengo tinha desmoronado. O fim do jogo mais parecia um enterro para os jogadores rubro-negros. Os banguenses, que jamais foram pedreira para qualquer time, massacraram o Flamengo pelo placar de 5x2, sem quaisquer chances de reação. Tiago sentiu-se culpado pela derrota do time. Kaique e Cesar não acreditavam no que estava acontecendo. Para os outros jogadores, a comemoração do jogadores do Bangu, mais parecia uma grande provocação. Os únicos que pareciam não estar comemorando a vitória eram André, que estav indignado com as atitudes de Raphael, seu amigo, e, Raphael, que não via motivos para uma comemoração de uma vitória sem sentido, para ele.
    Raphael retirou-se do campo e, dirigiu-se aos vestiários. Precisava esfriar a cabeça de alguma forma. Fora tomar um banho, para ver se isso o acalmava.
    Do lado de fora do chuveiro, André começou a questionar o seu amigo:
    - Satisfeito? Mostrou o seu futebol! E agora? Qual o próximo passo? Acabar com outro jogador?
    - (...)
    - Por acaso, aquilo era necessário? "Vencer a todo custo...", foi isso que você disse. Você feriu um goleiro e acabou com a moral de um time! É esse seu futebol? É isso que você quer mostrar?
    - (...)
    - Quer dizer alguma coisa? Fale algo!
    Raphael, em silêncio, saiu do banho. Não parecia estar ouvindo os comentários de André:
    - (...)
    Irritado, André segurou no braço de Raphael e, exigiu uma resposta:
    - Droga! Quer responder minha pergunta!? Vai fugir de mim!?
    Raphael não agüentou o tom de voz de André, virou-se e socou-o com tanta força, que o arremessou contra o chão:
    - Não vou respondê-lo e... NUNCA segure o meu braço dessa forma!
    - R-Raphael...
    - Agora deixe-me em paz! Não vê que eu quero me acalmar?
    Meio zonzo, André levantou-se, limpou o rosto e, ao virar-se para ir embora, respondeu à agressão:
    - Raphael, isso que você chama de futebol... essa coisa que você chama de habilidade, isso nunca foi, e nunca será, futebol. Vou te falar mais uma vez: o futebol não é uma guerra, é uma arte. Você irá aprender isso, um dia. Você é um craque, não vou negar isso, mas, craques bons também se equivocam, ás vezes.
    - (André...)
    - Não vou te incomodar. Pode deixar que, a partir de agora, está por sua própria conta.
    André saiu, ressentido, do vestiário. Passou pelo time, que não entendia o fato dele estar tão entristecido. Não falou com ninguém. O mesmo fez Raphael, quando eles perguntaram sobre o que tinha acontecido:
    - Não o pertubem. Não estão vendo que ele não está afim de conversar? - disse o treinador Marcelo.
    Raphael quebrou o silêncio, justificando o fato:
    - Nós brigamos. Natural entre nós dois. Entre um momento e outro, nós brigamos. Satisfeitos?
    Raphael retirou-se do vestiário, sem dizer mais nada. Os seus companheiros de time ficaram sem entender o que se passava ali.

    Seguindo o caminho para sair do estádio, Raphael encontrou Soda, juntamente com Kyoshi e com Marco Aurélio:
    - Boa partida, Raphael!
    - Pensei que você já tinha ido embora. Obrigado por acabar com o meu dia.
    E, olhando melhor, viu alguém que ele não conhecia:
    - E, quem é esse?
    - Sou Kyoshi Maseru, olheiro da Federação...
    - Japonesa? Sim, claro. Vi a logomarca.
    - Logomarca? Seu vocabulário é...
    - Ele trabalha na Panasonic do Brasil - completou Soda;
    - Mas o que veio fazer aqui, se me permite perguntar, sr. Maseru?
    - Você é um dos poucos jogadores dotados que já vi. Ao menos, que nunca havia jogado na vida. Você é único.
    - E?
    - Chegamos ao ápice de nossa conversa. O sr. Makoto Soda disse-me que você gostaria de jogar pela seleção japonesa, ele está certo?
    Raphael olhou nos olhos de Soda, com um ar agressivo:
    - Não lembro de autorizar o "senhor" a falar de minha vida. Eu fiz isso alguma vez?
    - Raphael, apenas responda a pergunta dele.
    - Primeiro responda a minha! Permiti ou não!?
    - Isso não vem ao caso, agora! Ele está aqui para dar-lhe uma chance!
    - Nunca precisei de você para nada, sr. Makoto Soda! Não me venha com essa de ajudar-me, porque... EU NÃO QUERO SUA AJUDA!!!!!
    Raphael retirou-se, mais irritado do que já estava, do estádio. Soda ficou perplexo. Raphael podia parecer um sujeito rude, mas, nunca tinha agido daquela forma, mesmo com ele:
    - Raphael, espere...
    - Deixe-o ir, Soda.
    André estava próximo do local e, tinha ouvido a conversa inteira:
    - Ele está um pouco nervoso. Precisa de um tempo pra pensar.
    - Você disse "um pouco..."? Pensei que ele iria partir, com tudo, pra cima de mim.
    Maseru resolveu perguntar, para André, que prazo seria esse:
    - Bom, sr. Maseru, ele irá jogar o Brasileiro da série B. Ele quer levar o Bangu A.C. pra série A, no ano que vem. Se ele conseguir, o que não vai parecer impossível, depois desse jogo contra o Flamengo, você, ou outra pessoa, volta e fala com ele. Mas não o pressione. Pode fazer isso?
    - Ano que vem? Sim, claro. Por mim está ótimo. Dará tempo de ver se algum time estará interessado nele.
    - Obrigado.
    - Vamos, Soda. Temos que pegar o avião para o Japão.
    - Tudo bem. Até outra ocasião, André.
    - Até!
    Soda e Maseru retiraram-se do estádio, mas, Marco ainda tinha uma pergunta a fazer:
    - André. Será que Raphael vai ser o melhor jogador do mundo? Será que ele será reconhecido?
    - Reconhecido, sem dúvida. Esse jogo vai fazer isso, pode crer. Mas, para ser o melhor do mundo, falta muita coisa. Técnica ele tem, mas, não sabe o que é o verdadeiro sentido do futebol. Não sabe o que é ser amigo da bola, íntimo dela. Será invencível se aprender a ser íntimo do futebol.
    - Íntimo do futebol. Isso me lembra alguém. Obrigado, André. Eu também já vou.
    - Boa sorte, Marco.
    André viu que o futuro de Raphael, dependia de muitas coisas, principalmente, dele mesmo.

    Dois anos depois. Cinco rodadas para o final do Campeonato Brasileiro - Série A...

    "Estamos nos minuto finais do jogaço Atlético Paranaense 1 x Bangu 4! Mais uma investida do centro-avante de aço, Raphael. Não há quem pare esse cara! Ele passa por um, dois, três, quatro jogadores do Atlético, facilmente! Está na área! Ele prepara o chute e... é GOOOOOOOOOOOOL!!!!! Não acredito! 5x1 para o Bangu! Parece que, só um milagre para o Bangu não levar esse campeonato pra casa!"
    - Belo gol, capitão!
    - Valeu!
    Raphael estava jogando melhor do que nunca. Desde o dia em que fez o jogo-treino contra o Flamengo, ele visou melhorar sua técnica para levar o Bangu ao título brasileiro:
    - (Chegamos lá, mas, ainda não somos campeões. Não podemos vacilar!) VAMOS LÁ, PESSOAL! AO TÍTULO BRASILEIRO!!!!!
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:46 pm

    Capítulo 8: Um Novo Caminho: A Batalha pelo Japão!

    Raphael estava em casa. Depois do campeonato da série A ter chegado ao seu ápice, ele faz seu estudo relacionado às táticas de jogo. André tinha visitado ele:
    - O que está fazendo? Revisando as táticas de jogo?
    - Isso mesmo. Você sabia que há muitas falhas aqui?
    - Falhas? Que tipo de falhas?
    - Falhas táticas. Como vocês esperam vencer um campeonato com táticas como essas? As táticas do time são extremamente retranqueiras!
    - Eu já sabia disso...
    - E não fez nada, por quê?
    André não soube responder. Tinha refletido em como, de um dia pro outro, tinha tornado-se alguém tão entendido no futebol. Raphael continuou os comentários:
    - Então, quais são as metas que o Bangu quer atingir?
    - A principal é o campeonato brasileiro.
    - Exato. E é por isso que não podemos seguir isso!
    André tentava compreender a lógica de Raphael. Ele sabia que seu amigo estava certo, mas não queria aceitar isso tão facilmente:
    - Você acha que o treinador aceitará isso tão fácil?
    - Não, mas, vou tentar. É importante pro time.
    André resolveu aceitar a colocação de Raphael, apesar das negativas.
    Enquanto isso, no Japão, Kyoshi Maseru tinha chegado à FJF. Estava sendo esperado por alguns figurões de lá:
    - Kyoshi, chegou o momento.
    - Sim, senhores. A pessoa que ficou responsável pelo fato, já está presente?
    - Sim, chegou recentemente.
    - Irei vê-lo agora.
    Maseru seguiu para a sala de Katagiri, onde disseram que ele estaria. Ao chegar, Katagiri já estava aguardando, com um rapaz jovem sentado:
    - Entre, Maseru.
    - Katagiri-san. Eu vim porque o senhor me chamou.
    - Deixe eu te apresentar. Este é Makoto Fujiita.
    - Makoto Fujiita!? O caçador de estrelas?
    Makoto Fujiita era chamado assim, devido à tudo que ele tocar virar ouro (ou uma estátua de Davi, no mínimo). Ele buscava um jogador para transformá-lo no novo craque da seleção japonesa:
    - Não sou caçador de nada. Apenas busco talentos e, estarei sempre disposto a patrocinar um verdadeiro craque. Katagiri mostrou-me um vídeo sobre esse tal Raphael. Quem ele é, você sabe?
    - Não sei muito sobre esse homem, mas, posso afirmar que ele tem um talento nato para jogar futebol.
    - Isso eu notei também.
    Makoto ficou interessado em conhecer Raphael:
    - Há algum interesse, da parte dele, em fazer parte do quadro japonês?
    - À princípio, não. Mas, conversando com o goleiro do time, que diz conhecê-lo muito bem, descobri que ele revela algum interesse, sim.
    - Entendo. Bom, acho que farei uma boa visita pra esse Raphael, em breve.

    Manhã do outro dia, no Brasil...
    No treino do Bangu, Raphael mostrou suas táticas, para melhorar o time, ao treinador Marcelo e ao assistente Leandro:
    - Pode até dar certo, Raphael, mas nunca trabalhamos com um esquema desses.
    - Há algo errado com esse 3-4-3?
    - Nada, pelo contrário, ele é perfeito. Só uma coisa me deixa relutante em usá-lo: o fato de ter laterais extremamente ligeiros e, adaptados ao ataque.
    - Posso explicar a estratégia?
    - Sim, claro.
    - Excelente. Serão 3 na zaga, incumbidos de proteger a região da grande área, não adentrando nela. Acho que os zagueiros daqui podem incumbir essa função, facilmente. Dois meio-campistas, um ofensivo e outro defensivo, farão a ligação ataque-defesa. O importante é que eles sejam muito bem preparados. Uma boa mobilidade e força, se fazem necessários e, é extremamente importante, uma boa velocidade e domínio de bola, sem contar, boas habilidades defensivas. O ataque também terá que ser rápido e eficiente, já que terá que dividir as funções de centro-avante. Nada de atacante que fica preso na área, estilo Romário. Além de prejudicar as performances, nada é adicionado ao time se não ajudar de alguma maneira. Os laterais são a chave mestra da tática. Precisam ser os jogadores mais velozes possíveis, para ligar, pela esquerda e pela direita, ataque e defesa. É importante, também, terem bom preparo físico e vigor, já que, se um oponente perceber a tática, serão os jogadores mais visados...
    - Isso permitiria uma criação de jogada pelo meio, certo?
    - Sim. Mas, mesmo fazendo isso, será de suma importância, uma tática de contra-ataque eficaz.
    - Certo. Mas... e quanto ao goleiro?
    - Outra peça chave. Teria que conhecer as estratégias, como um livro aberto. Saber onde cada jogador deve se posicionar, e por aí vai. De resto, funções básicas de goleiro. Defender e chutar bem e, de maneira precisa.
    - Qual será sua posição?
    - A mesma, centro-avante.
    - Mas, o 3-4-3 não é uma tática central. Como você será um centro-avante, com uma tática como essa?
    - Boa pergunta e eu responderei no treino.

    Durante o treino, Raphael procurou demonstrar suas estratégias, de maneira bem clara, e, sem muitos rodeios. Mas, Marcelo procurava mais informações sobre a posição dele. Na primeira parte do jogo-treino, aparentemente, parecia que o time tinha entendido bem a tática 3-4-3:
    - Não vimos o que você queria dizer sobre sua posição. Até agora, você fez, apenas, a função de atacante.
    - Certo, mas, agora preste muita atenção na segunda parte do treino, treinador!
    Raphael procurou complementar sua explicação:
    - Está 3x0, para os titulares. Preste muita atenção agora, tudo bem?
    - Certo.
    Na segunda parte do jogo-treino, Raphael jogou um pouco mais recuado, fazendo, finalmente, a função de centro-avante, deixando dois atacantes, apenas, próximos a área adversária, transformando o 3-4-3, em 3-5-2 no meio do treino:
    - Agora entendi. O plano dele é usar uma tática mista, na qual ele pode alterar o tipo de estratégia de acordo com a situação. Isso é realmente assombroso!
    Mas, Raphael ainda tinha uma carta na manga. No meio do tempo de jogo, ele pediu para o volante Kaio, para jogar mais recuado, adaptando novamente a estratégia para um 4-4-2:
    - 4-4-2!? Como ele consegue alterar formações assim? Ele faz um jogo de xadrez parecer damas!
    O treino correu, com Raphael testando as transformações táticas.

    No Japão, Makoto Fujiita preparava-se para viajar para o Brasil. Estava levando consigo, um acompanhante, Kojiro Otoshi, atacante do Ougon Sendai:
    - Fujiita-san, por que está me levando para o Brasil?
    - Soube que você conhece um homem chamado Raphael Gama. É esse o nome dele?
    - É, por quê?
    - Vou tentar convencê-lo a jogar futebol, aqui no Japão.
    - Vai perder sua viagem. Ele não joga...
    - Antes que termine sua frase, vejo que se encontra desinformado sobre seu amigo.
    - Hmmm?
    - Ele, atualmente, joga pelo Bangu A.C., do Rio de Janeiro.
    - Bangu? Então ele está jogando futebol. Finalmente, ele entendeu o chamado dele! Isso é legal!
    Otoshi ficou muito feliz em saber que Raphael estava jogando futebol. Makoto e ele, embarcaram num avião rumo ao Brasil.
    Após o treino, Marcelo conversava com Raphael:
    - Essa tática de troca de formações é muito arriscada. Faremos, no máximo, a transição 3-4-3 / 3-5-2. Seria muito esforço, trocar para o 4-4-2, para nossos jogadores. E, acho muito difícil, algum jogador, no Brasil, conseguir cumprir o que você determina com essa troca.
    - Entendo seu ponto de vista. Então, já na próxima partida, vamos praticar isso.
    - Na próxima partida!? Isso é...
    - Perfeito! Não há teste melhor do que uma partida de verdade.
    Raphael estava ansioso pelas etapas finais do campeonato. Fujiita estava à caminho de um chamado que poderia mudar o destino do futebol japonês.
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:47 pm

    Capítulo 9: Em Cena, Um Jogo Memorável: Bangu x São Paulo. A Batalha Raphael contra Raphael!

    Passou-se alguns dias e, finalmente, chegou a penúltima rodada do campeonato.
    O Bangu estava fazendo os ajustes finais na sua nova formação tática, criada por Raphael. Raphael notou que, mesmo que eles tenham se adaptado bem às mudanças, não estavam acertando as jogadas com os laterais. O Bangu tinha jogadores razoáveis mas, ninguém com a velocidade necessária para cobrir a função de ligar, velozmente, ataque-defesa-ataque:
    - Pessoal, o que é isso!? Eu sei que é cansativo, mas a nossa tática pode vencer! É só nos esforçarmos um pouco mais!
    André percebeu que o time estava exausto, apenas com alguns minutos de treino nessa formação:
    - Raphael, essa formação exige muito. Nossos companheiros não estão acostumados com esse tipo de jogada. Ela é muito forçada!
    - Eu sei disso, mas, é aí que nós temos que mudar. Estarmos preparados pra tudo. Nos adaptarmos ao vigor de nossos oponentes!
    Fujiita acabara de chegar no treino do Bangu, juntamente com Otoshi. Tinham chegado, recentemente, ao Rio:
    - Veja, Fujiita-san. Parece que estão treinando.
    - É. E então, quem é o Raphael?
    - O bruto baixinho conversando com o goleiro. Parece que ele realmente está jogando...
    - Não é tão baixinho assim. Olhando ele, dou-lhe entre 168 e 170 centímetros.
    Continuaram observando o treino. André tentava convencê-lo a fazer uma tática menos exaustiva:
    - Você tem que adaptar melhor essa tática aos nossos jogadores.
    - Se eu fizer isso, vocês não vão evoluir nada. Isso está fora de questão. Treinador, o que acha?
    Marcelo observou os jogadores exaustos, mas, tinha aceitado jogar com essa tática:
    - André, você está certo, mas...
    - Mas o quê?
    - Mas Raphael está certo em querer uma evolução dos jogadores. Nossa próxima partida não será tão fácil, como as outras. O São Paulo tem um mestre das táticas do seu lado. Desde que Tsubasa saiu, o São Paulo têm buscaso jogadores da mesma qualidade técnica que ele. Nós conseguimos um! Eles tem outro.
    - PIIIIIIIIIIING!!!!! Resposta errada. Tsubasa não tem qualidade técnica, apenas uma visão de jogo muito boa, mas, não digo excelente. Há jogadores muito melhores que Tsubasa, e, eu mesmo me atrevo a dizer que me considero um deles.
    - Raphael?
    - O que quer dizer com isso? Se acha melhor que Tsubasa Oozora?
    - O "amigo da bola"? Qual é, André? Qualquer um é melhor do que um sujeito que se diz "amigo" de um objeto inanimado. Ele devia colocar-se no seu lugar, isso sim!
    - Raphael! Pare com isso!
    - Não considero Tsubasa, esse craaaaaaaaaaaaque todo. Vocês super valorizam ele, fazendo com que ele pareça um "deus do futebol". Tsubasa nunca foi tudo isso.
    André olhava, fixamente, nos olhos de Raphael, tentando mudar sua opinião:
    - Não adianta fazer isso, André. Vamos continuar treinando.
    Fujiita ouviu todas as palavras de Raphael, uma a uma. Terminando de ouvir, comentou com Otoshi, que estava entretido com o treino:
    - Um jogador um pouco egocêntrico, é verdade, mas, sabe o que fala. Não é do tipo de se deixar levar por um treinamento, ou por um treinador, muito menos, por outros jogadores.
    - O que quer dizer com isso?
    - Ele joga, por sua própria conta e risco, tentando levar o time à vitória. Ele tem muitas características do Tsubasa, quando falamos de visão de jogo; do Misugi, quando falamos de tática; e do Hyuga, no que diz respeito ao senso de comando e voz ativa. Não vejo um jogador assim há algum tempo. Mas ele tem um defeito, que deve ser sanado rapidamente: sua agressividade; não com ações, como o Soda, mas, com as palavras, o que faz ele ser um pouco semelhante ao Hino.
    - Então, isso mostra que ele tem características de vários jogadores?
    - Sim.
    - E, onde se encontram as características dele?
    - Óbvias. Seu senso tático, explicação, dinâmica e compreensão de jogadas. Foi capaz de criar uma formação tática, misturando estratégias e velocidade. Transformar um 3-4-3 em 3-5-2, não é pra qualquer um, e, pelo que vi, a estratégia não é completa, talvez porque o treinador queira poupar os outros jogadores. Bom, continuaremos de olho nele. Vamos ver a partida de amanhã.

    No dia seguinte, o time do Bangu receberia, no seu estádio, o time do São Paulo. O time do São Paulo brigava diretamente com o Bangu pelo topo da tabela. Aquele jogo definiria quem ficaria mais próximo do campeonato.
    O capitão do São Paulo chama-se Raphael Flávio. É um jogador semelhante ao capitão do Bangu, em quase tudo:
    - Treinador, preciso falar com alguém e já volto.
    - Não demore.
    - Tudo bem.
    Flávio foi ao setor onde estava o vestiário do Bangu. No caminho, foi interrompido por Raphael, que estava sozinho, no corredor de acesso:
    - Você não joga no Bangu, não é? O que faz aqui?
    Flávio se deteve. A pessoa com quem queria falar, estava do lado dele:
    - Então, você é o famoso Raphael?
    - Não sou famoso. Não me importo com a fama. E você, quem é?
    - Flávio, capitão do time paulista.
    - Hmmm, nunca ouvi falar de você.
    - É, um cara satírico, afinal. Sarcástico, também.
    - Não veio aqui para falarmos sobre mim, huh? O que você veio fazer aqui?
    - Dizer para ficar fora do nosso caminho! Quem vai levar esse jogo, é o São Paulo!
    - Só isso... - disse, Raphael, ignorando-o.
    Flávio irritou-se com a arrogância mostrada por Raphael e, fez um ultimato:
    - Não permitirei que toque na bola! Jogadores, como você, são a escória do futebol!
    Nesse momento, André e Douglas se aproximaram:
    - Algum problema, Raphael?
    - Capitão, algo errado?
    - Não. Flávio é o capitão do São Paulo e, gentilmente, veio bater um papo-cabeça comigo. Mas já está de saída. Ele precisava relaxar um pouco, não é?
    Flávio olhou, de maneira revoltada, para Raphael, e disse:
    - É, capitão do Bangu... Aqui verá sua derrota e ruína. E eu vou rir muito, nesse instante!
    Flávio retirou-se, rindo alto. Raphael ironizou:
    - Cada uma que me aparece... E vocês, o que querem?
    - O treinador está chamando, capitão!
    Raphael voltou para o vestiário, para ouvir as últimas palavras do treinador, antes do jogo.
    Na parte superior da arquibancada, Fujiita e Otoshi esperavam o início do jogo:
    - Esse estádio não é muito grande, para abrigar um jogo como esse.
    - Não se ligue nesses detalhes. Apenas um jogador me interessa aqui, Otoshi-san.
    - Desculpe. Pode me mostrar algo sobre o outro time?
    - Fiz umas pesquisas em sites esportivos e, adivinha?
    - O quê?
    - Esse jogo vai definir o provável campeão do Brasil.
    - Sério? Mais um motivo para acompanharmos!
    E, olhando para os lados, Otoshi viu muitos outros olheiros:
    - Parece que não somos os únicos interessados no Raphael...
    - Certamente que não, Otoshi. Olheiros da Inglaterra, França, Itália, Alemanha, e de outros países, mostraram interesse por ele.
    - Veja, estão entrando em campo!
    Raphael notou que o estádio estava mais lotado que o de costume. Olhando para as arquibancadas, notou a presença de Kojiro Otoshi:
    - (Otoshi Kojiro? O que ele faz aqui, e quem é aquele com ele?)
    - Raphael, algum problema?
    - Huh? Não, nada.
    Do topo das arquibancadas, Otoshi viu que ele tinha olhado diretamente pra eles:
    - Isso mesmo, Otoshi. Ele nos notou. É disso que eu estava falando, no treino. Ele tem uma excelente observação. Pode não ter nos notado, no treino, mas, devia saber que estava sendo observado.

    Raphael repassou as últimas instruções, de sua tática, ao time:
    - Pessoal, alguma dúvida sobre a estratégia?
    - Não, capitão.
    - Já que não temos laterais muito velozes, faremos o seguinte: vocês não correrão no sentido defesa-ataque, apenas, irão ao meio-campo e passarão a bola para o atacante, entenderam?
    - Sim.
    - Excelente. Vamos fazer, dessa partida, um passo para o título! VAMOS JOGAR, PRA VALER, COMO UMA EQUIPE DEVE FAZER!!!!!
    - Certo!!!!!
    Raphael tinha notado que o time estava apreensivo e, que isso poderia estragar a performance do Bangu, no jogo. O mesmo sentiu Flávio:
    - (Essa é a nossa chance. Faremos um gol, enquanto, esse time está apático!)
    O juiz apitou o primeiro tempo. A saída de bola pertence ao São Paulo. Fujiita refletiu, naquele momento:
    - (É agora que vamos definir os limites do time. Certo, Raphael?)
    São Paulo partiu para a ofensiva direta. O Bangu estava sem reação. Uma estratégia, que tinha sido exaustivamente usada nos treinos, não poderia ter sido esquecida mais depressa do que os jogadores do Bangu fizeram. São Paulo mostrou domínio total da situação:
    - Toquem a bola! Não deixem eles chegarem perto pra marcar!
    Raphael tentava direcionar a defesa do time:
    - O que estão fazendo!? Vamos lá, vocês podem fazer muito melhor que isso!!!!!
    E, repetindo os toques, até chegar ao gol, Leonardo chutou, sem defesa pra André. São Paulo, 1 a 0, com 10 minutos do primeiro tempo.
    Raphael estava muito surpreso com a apatia do time:
    - O que houve? Por que estão nervosos?
    Flávio comemorava a saída na frente do placar:
    - (Parece que a muralha vai se desfazer logo, logo...)
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:47 pm

    Capítulo 10: Uma Difícil Partida Contra o Tempo

    O gol tinha abalado as estruturas da equipe. Estavam todos tensos, talvez, sem motivo. Os jogadores estavam com medo de algo, deixando Raphael preocupado. Raphael tentou restaurar a confiança do time:
    - Por que estão jogando dessa forma!? Não joguem dessa maneira negativa! Vamos mostrar o porquê de termos treinado tanto!
    Raphael viu que o incentivo não tinha funcionado bem.
    O juiz apitou o reinício do jogo, com a saída de bola pertencendo ao Bangu. Mas, rapidamente, o São Paulo retoma a posse de bola, partindo para o ataque. A apatia do Bangu, era uma coisa que podia ser sentida de longe. Fujiita tinha percebido isso e, comentou com Otoshi:
    - Esse time está parado. Será que é a pressão de estar brigando pela ponta?
    - Não sei. Isso não é normal. Um colega meu, mencionou que o time é muito bom. Será que ele se enganou?
    - Excetuando-se o goleiro e o Raphael, o resto do time, posso dizer que é coadjuvante. Parece que o São Paulo está novamente no ataque.
    O time do São Paulo pressionava constantemente o Bangu. André defendeu um chute forte de Flávio, que estava confiante da vitória:
    - Pessoal, é só uma questão de tempo, até marcarmos o segundo gol!
    Raphael observava, irritado, à tudo aquilo:
    - (Mas o que deu nesse time? Depois de tanto treino, perder dessa forma?)
    Raphael ficou tão irritado que, assim que saiu a bola, ele tomou a bola do companheiro e partiu, agressivamente, para o ataque:
    - (Dessa vez eu empato esse jogo!)
    Mas, em pouco tempo, Raphael foi desarmado por Flávio, que zombou dele:
    - Isso é tudo? Acho que você só joga bem sob pressão, não é?
    - Como!?
    - Prepare-se, porque eu farei outro gol!
    Flávio seguiu velozmente para o campo de defesa do Bangu, sem tomar conhecimento dos jogadores adversários:
    - (O que estão fazendo?) Onde estão com a cabeça!? Tirem a bola dele!!!!!
    Foi em vão. Flávio avançou facilmente até a área do Bangu. André ordenou a tomada de bola:
    - Andem! Tirem a bola dele!
    - Certo!
    Parecia que não tinha ninguém no caminho de Flávio. Passou facilmente pela zaga e, chutou ao gol de André. André tentou defender:
    - (Não vou permitir esse gol!) HYAAAAAAAAAAA!!!!!
    Apesar do esforço, André não conseguiu evitar que a bola passasse por ele:
    - Droga!
    - Agora é gol!
    Mas Raphael, que veio rapidamente, bloqueou a bola com a cabeça, desviando-a para escanteio:
    - Droga, esse cara de novo!
    - Raphael?
    - Isso não vai ficar assim! Precisamos atacar de alguma forma!
    O escanteio foi cobrado por Michel, zagueiro do São Paulo, que passou a bola pra dentro da área. Flávio e Raphael foram disputar a bola. Ambos a cabecearam ao mesmo tempo, retirando a força e, deixando fácil para André defender:
    - Contra-ataque, AGORA!
    O meio-campo Lizzo, do Bangu, pegou a bola e partiu pro ataque. Mas as notícias não eram boas pra André.
    Na disputa de bola, Raphael tomou uma cotovelada no tórax, que o deixou caído, sentindo muita dor:
    - Raphael!?
    Vendo isso, Lizzo tentou jogar a bola pra lateral, mas, foi impedido por Flávio, que roubou a bola e, seguiu em direção ao gol:
    - O que esse desgraçado está fazendo!? - disse, André, assustado.
    Fujiita e Otoshi também ficaram surpresos com a atitude de Flávio e do juiz da partida:
    - Mas o que é isso? Por que não marcaram falta no lance? O que o juiz está fazendo?
    - O que me preocupa, é que o juiz ainda não parou a partida. Alguma coisa está errada aí.
    Flávio continuou avançando, enquanto André tentava chamar a atenção do árbitro:
    - Juiz, por favor, pare a partida! Tem alguém precisando de atendimento!
    - Não fuja da partida! TOME ISSO!!!!!
    Sem ação, André não evitou o segundo gol do São Paulo, aos 40 minutos do primeiro tempo:
    - Juiz desgraçado! Porque não...
    - D-Deixa, André... Tá tudo bem.
    - Raphael!? Você está bem?
    - Acho que sim... Vamos recuperar isso!
    Flávio ficou olhando Raphael, sem acreditar que ele pudesse ter levantado tão rápido:
    - (Que desgraçado resistente...)
    O Bangu segurou o restante da partida, até que o juiz apitasse o fim do primeiro tempo, apesar dos sofridos 4 minutos de acréscimos.
    Fujiita sentiu que Raphael podia arrumar o time agora:
    - É a chance do time se reestruturar. Espero que, no segundo tempo, o Bangu acorde.

    No vestiário do Bangu, só se ouviam as reclamações de Raphael:
    - Vocês estão querendo perder!? É isso!?
    - Capitão, nos desculpe. É que nós...
    - É que nós o quê!? Nós treinamos exaustivamente aquela maldita tática, e pra quê? Para acabarmos sendo massacrados por um time que, tudo o que faz, é nos colocar pra baixo!
    André notou que Raphael estava segurando muito o lado esquerdo do peito:
    - (Raphael, isso é...?)
    - Não quero que pensem que sou eu que quero vencer! Eu quero vencer, sim! Eu quero a glória, sim! Mas não é pra mim!
    - Capitão...
    - Eu quero o campeonato pra vocês! Eu quero me lembrar de que esse foi um campeão brasileiro! Que, um dia, eu joguei... (ungh...)
    Raphael arriou-se no chão, sentindo muita dor. André pediu que ele saísse do jogo:
    - Raphael, por favor, você não pode jogar nessas condições!
    O treinador Marcelo estava prestando atenção na conversa:
    - Que condições, André?
    Raphael olhou fixamente nos olhos de André, que desconversou:
    - Não é nada, treinador. Ele... sabe o que está fazendo.
    Raphael levantou-se com dificuldade e, deu as últimas ordens ao time:
    - Se vocês não quiserem vencer, então desistam agora. Poupem-me de uma humilhação maior!
    Saindo em direção ao campo, Raphael encontrou se com Fujiita e com Otoshi:
    - Não sabem que essa é uma área restrita?
    - Só vamos te dizer uma coisa. É breve.
    - Então falem.
    - O time só está um pouco tenso com tudo isso. Tenha paciência.
    - O que quer dizer com isso?
    - Apenas confie no seu time.
    E, saíram do local, deixando Raphael confuso:
    - O que ele quis dizer?

    O time do São Paulo já estava em campo, para o segundo tempo. Confiante, Flávio nrecia preocupado com o desenrolar da partida. Para ele, a partida já estava ganha:
    - Esse jogo vai ser moleza!
    - Capitão, acha que podemos vencer?
    - Já vencemos! O time do Bangu perdeu a moral e, agora, perderá a partida!
    De longe, Raphael observava a conversa, e, lamentava não poder fazer nada:
    - (Mesmo que eu queira vencer pelo time, não poderei fazer nada sozinho. Preciso pensar em algo para parar o Flávio...)
    Foi quando ele ouviu alguém chamando por ele:
    - Capitão!!!!!
    O time vinha pelo campo, para conversar com ele:
    - Desculpe-nos por tudo, capitão. Nós cometemos um erro e vamos consertá-lo agora, certo? Vamos melhorar!
    - Vocês não precisam me provar nada.
    - Precisamos sim. Não vamos perder pra esse time. Não vamos perder mais tempo!
    Raphael deu um leve sorriso, que quebrou o aspecto sério dele, então, deu mais uma ordem, antes do começo do segundo tempo:
    - Não vai ser o jogador ou o juiz que irá nos parar! Vamos correr contra o tempo e acabar com essa diferença!
    - Isso!!!!!
    André observava Raphael mais contente e, isso o deixava feiz. Mas uma coisa o preocupava:
    - (Raphael, o seu problema... será que voltou?)
    O juiz apitou o início do segudo tempo. O time do Bangu começou outro, totalmente diferente de como começou o primeiro tempo. Começou mais ativo e tocando mais a bola. Fujiita notou a diferença:
    - Agora vamos ver o jogo que queríamos, Otoshi.
    - Ainda mal começou o jogo. Como pode ter tanta certeza?
    - Olhe bem pro Bangu A.C. e me responda: não viu nada diferente no time? Eu acho que uma partida está se constituíndo agora. Raphael, dessa vez, terá todo o apoio possível para jogar bem.
    Duas pessoas chegavam à arquibancada, rapidamente:
    - Chegamos à tempo!
    - Então esse é o time do Bangu?
    - Sim, e, aquele jogador, o camisa 7, deve ser o Raphael.
    Fujiita percebeu que alguém tinha chegado para ver o jogo:
    - Jun Misugi e Tsubasa Oozora? Vieram aqui pra ver a partida?
    - Isso. Mas, também, estamos aqui para conhecer Raphael.
    - Então deram sorte. O time estava apático, no primeiro tempo, mas parece que resolveu isso.
    Misugi estava analisando Raphael, loo que ele tocou na bola:
    - Ele é muito bom mesmo. Tem velocidade, força e habilidade. É um jogador bem dinâmico, mas, parece que está tendo dificuldades com o São Paulo. Tsubasa, você acha que o Bangu terá chances?
    Tsubasa observava o time do São Paulo e, viu que era muito diferente da base que ele jogava, quando estava no Brasil:
    - O time paulista tem uma base muito diferente de quando deixei o Brasil. Não conhço uma maior parte do time, mas o entrosamento deles parece bom. Quanto ao Bangu, parece que estão dependendo demais do camisa 7, e isso pode prejudicá-los.
    - Você está certo. O time está jogando muito dependente. Tera que fazer algo, ou não terão tempo para recuperar isso.
    Vinte minutos do segundo tempo. Estava difícil par o Bangu armar uma jogada, uma chance de gol, ou qualquer coisa. Raphael estava sendo muito marcado e o restante do time não conseguia jogar, sem seu principal jogador:
    - Precisamos atacar!
    - Como? O capitão está marcado!
    - Nós prometemos isso a ele. Vamos marcar esse gol pelo capitão!
    - É verdade! Não vamos desistir agora! Vamos, PELO CAPITÃO!
    Repentinamente, o Bangu tornou-se um outro time. Avançou para o ataque, tocando a bola, com passes certeiros. Flávio tentou evitar que o Bangu chegasse ao gol, orientando a defesa:
    - Vamos lá, defesa! Não deixem eles tocar a bola!
    A orientação de Flávio fez com que os marcadores de Raphael ficassem distraídos, permitindo a fuga dele. Raphael pediu a bola, correndo em direção ao ataque:
    - O capitão está livre. Toca pra ele!
    - Aí vai, capitão!
    Raphael recebeu o passe:
    - Belo passe... (ungh...)
    Raphael sentiu, novamente, o peito esquerdo, ficando imóvel por algum tempo:
    - C-Capitão?
    - Peguem a bola agora!
    - Certo!
    A zaga do São Paulo estava indo em direção à Raphael. Raphael, rapidamente, recuperou-se:
    - (Não posso deixar que essa dor me pare!)
    De maneira impressionante, Raphael passou pela zaga e seguiu em direção ao gol:
    - É agora! BLACK FOX SHOOT!!!!!
    O chute foi indefensável para o goleiro do São Paulo. O Bangu finalmente tinha marcado o primeiro gol:
    - Conseguimos... C-Capitão?
    Raphael estava caído na grama, sentindo muita dor. Iniciava-se um grande problema para o Bangu...
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:47 pm

    Capítulo 11: Superando os Limites: O Difícil Empate!

    Os jogadores do Bangu ficaram preocupados com a situação de Raphael. Em todo o campeonato, ele nunca tinha reclamado de dor alguma, mesmo quando sofria faltas sérias. O juiz parou o jogo, para o atendimento médico:
    - E-Eu estou... eu estou bem. Posso continuar.
    - Tem certeza? Você não está nada bem. Está muito pálido.
    - Eu disse que estou bem, doutor! Posso continuar!
    - Então, tudo bem. Dessa vez passa, mas, se acontecer algo, você sairá do jogo, entendido?
    Raphael não respondeu. Ele não podia sair do jogo, mesmo sentindo dor. O time ainda precisava dele. Um único gol não garantiria nada.
    Ao voltar para sua posição, Raphael sentiu a vista embaçada e escura. Evitou seguir correndo, para não piorar seu estado:
    - (Droga, Raphael, agüente! Você precisa agüentar até o fim da partida!)
    O juiz reiniciou a partida. O São Paulo foi todo pro ataque. O Bangu tentava tirar a bola, mas o São Paulo fazia toques de primeira, rápidos e precisos:
    - (É agora...) Capitão, acaba com eles!
    Flávio tinha pego a bola e, se preparado para chutar, quando Raphael veio furtivamente e roubou a bola dele:
    - C-Como!?
    - Para o ataque, depressa!
    Antes de chutar a bola, Raphael sentiu, novamente, o peito. A dor o fez ficar no chão:
    - (ungh...)
    Flávio aproveitou a oportunidade e roubou a bola, passando a bola para Inácio, atacante do São Paulo:
    - Faça o gol!
    Inácio chtou forte, mas, o chute foi aparado pelo braço de André:
    - Não vai passar!
    A bola foi para a direita, na direção de Raphael e de Flávio. Flávio foi cabeceá-la. Raphael, mesmo sentindo dor, foi evitar a cabeçada de Flávio:
    - Você não vai fazer nada!
    - Você não vai me impedir de marcar!
    E os dois chocaram-se contra a bola, de maneira violenta.
    A bola ficou presa entre os dois. Como Raphael estava sem forças, caiu antes, o que resultou na cabeçada de Flávio:
    - VAAAAAAAAAAAAAI!!!!!!!
    André não conseguiu evitar a cabeçada violenta de Flávio, que resultou no terceiro gol do São Paulo, aos 27 minutos do segundo tempo, deixando Raphael arrasado:
    - Não pode ser que falhei!
    Misugi comentou o gol, pensando no tempo que restava:
    - E agora, Raphael? O que fará?
    Fujiita respondeu:
    - Isso não irá pará-lo. Não duvido que ele consiga arrancar uns gols do São Paulo.

    O time tentava animar Raphael:
    - Capitão, nós ainda podemos vencer!
    Raphael olhava para o gramado, pensando na promessa que tinha feito ao time:
    - Capitão!?
    - Não vamos parar de atacar! Vamos tirar essa diferença! Eu sei que não praticamos tempo suficiente, mas...
    Raphael parou por um instante. Fechou as mãos, por sobre um punhado de grama e, levantou-se, corajosamente:
    - Vamos usar tudo o que aprendemos no treino!
    - Vamos?
    - Isso. Não podemos deixar de continuar lutando! Vamos à vitória!
    - CERTO, CAPITÃO!
    Raphael tinha recobrado a confiança perdida com o terceiro gol paulista.
    O juiz reiniciou a partida. Contra todas as expectativas paulistas e, principalmente, de Flávio, o Bangu recuou a bola, em direção à zaga:
    - Sem essa! Já estão desistindo?
    Flávio correu para tomar a bola dos zagueiros, o que foi inútil. O time do Bangu tocava a bola rapidamente, não dando chances de retomada porparte do São Paulo:
    - O que é isso?
    Raphael, percebendo que o time paulista tinha caído na armadilha, deu a ordem para continuarem a jogada:
    - Pessoal, é hora de entregar o presente! É hora do CAVALO DE TRÓIA!!!!!
    - Certo, capitão!!!!
    Ao terminarem de tocar a bola, os zagueiros passaram a bola para o lateral Tiago:
    - É minha!
    - Impeçam ele de chegar ao ataque!
    Parte do time do São Paulo foi em direção à esquerda, deixando a direita livre, como previa a tática de Raphael. Misugi ficou surpreso com a astúcia banguense:
    - Uma excelente tática! Observem só!
    Tiago, vendo que a direita estava livre, passou a bola para o lateral Mattias, que vinha pela direita:
    - Vai, Mattias! Para o ataque!
    Mattias recebeu o passe. Seguiu para o ataque, como o combinado. Vinha, em sua direção, os zagueiros paulistas, que deixaram as proximidades da grande área, abrindo o gol. Flávio tentava compreender a tática do Bangu:
    - (O que é isso? Estão espalhando nosso time?)
    Raphael vinha rapidamente pelo meio, livre, sem qualquer marcação:
    - Agora acabou pra vocês!
    - O que você disse?
    - CAPITÃO, MARCA!!!!!
    Apesar das dores constantes, Raphael recebeu o passe de Tiago, e chutou de primeira:
    - Agora! INVERTED FOX KICK!
    O chute foi direto ao gol. O goleiro paulista nem sequer esboçou uma reação. Gol para o Bangu, aos 40 minutos do segundo tempo. 3x2 marcava o placar, num jogo incrívelmente tenso.

    O treinador Marcelo e o goleiro André olhavam o relógio. Faltava menos de 5 minutos, mais acréscimos, para tentar fazer um último gol, para ainda sonharem com o campeonato:
    - (Raphael, eu sei que está sofrendo, mas, agora todo o time está nas suas mãos... Faça o melhor que puder! Prometo que eu cuidarei da defesa!)
    O juiz apitou. O tempo estava correndo para o Bangu. Se perdesse a partida, podia considerar-se fora da briga, pois o Grêmio havia vencido o Palmeiras por 5x1, deixando o Bangu com um gol a menos, no saldo. Precisava, ao menos, empatar o jogo:
    - Pessoal! Não podemos deixar o São Paulo jogar. Faremos o impossível para marcar mais um gol!
    O São Paulo começou a tocar a bola, buscando uma falha defensiva do time do Bangu. Raphael notou que o tempo estava correndo muito rápido pra ele, e, que precisava tomar a bola deles:
    - É arriscado, mas...
    Raphael chegou, ao mesmo tempo que Flávio, ao toque do jogador paulista:
    - O jogo acabou pra vocês! Por que não desistem?
    - Porque prometi a eles continuar a lutar e... LEVAR O CAMPEONATO PRA CASA!!!!!
    E, numa jogada rápida, Raphael tomou a bola de Flávio e tocou para Tiago, que vinha pela lateral:
    - Avance a todo custo! O gol é nosso!
    André viu que, apesar do sofrimento com a dor que estava sentindo, Raphael não desistiu da promessa:
    - (Está aprendendo, finalmente. É esse o futebol. É esse o caminho que você tem que seguir.) É esse seu destino...
    E, completando, bradou para Raphael, encorajando-o:
    - VÁ EM FRENTE! VOCÊ PODE MARCAR O GOL, CAPITÃO! A BOLA É SUA! O MUNDO É SEU!
    - André... Certo, farei o gol, por você e pelo time!
    Por um momento, Raphael esqueceu as dores e partiu, violentamente, para o ataque, passando muito rápido pelo time do São Paulo:
    - O que foi isso!?
    - Que velocidade!
    Tsubasa ficou espantado com a virada de mesa do Bangu e, principalmente, do Raphael:
    - Ele é incrível. Levantou o time e superou seus próprios limites! Ele é um verdadeiro jogador! Realmente, ele é íntimo da bola!
    Misugi concordou:
    - Esse cara não é normal! Nunca vi um jogador, em qualquer parte do mundo, com tamanha iniciativa e visão de jogo. Isso, sem contar, que ele é um técnico em campo. Um jogador que melhora a cada instante!
    Fujiita via a jogada e, muito animado, disse à Otoshi:
    - Não estou enganado, Otoshi.
    - Fujiita-san?
    - Estamos vendo o jogador que irá mudar o futebol japonês. A J-League, se o levarmos, nunca mais será a mesma.
    - Isso é verdade (Mas, Fujiita-san, não se esqueça de que ele não é o único craque que promete, no Japão).
    O time do bangu estava no aque, faltando 2 minutos para terminar os acréscimos:
    - Precisamos marcar agora! Toquem a bola pra mim!
    - Mas, capitão, o gol está...
    - APENAS TOQUEM!
    André percebera que Raphael queria chutar de fora da área. Mas ele não foi o único que percebeu. Flávio queria tirar a bola de Raphael a todo custo:
    - (Vou impedir esse chute! Não vou ne deter, mesmo que tenha que quebrar sua perna!)
    - (Tente se puder...) Eu não vou... EU NÃO POSSO PERDER AQUI! PELO TIME! BLACK FOX SHOOT!!!!!
    O pé de Raphael e o de Flávio, comprimiram a bola de tal maneira, que ela ganhou mais força. Mesmo assim, Raphael não se deteve e, tirando uma força sobrehumana, chutou arremessando Flávio, pra fora da trajetória da bola, e, a bola, como uma bala de canhão, em direção ao gol, sem defesa para o goleiro.
    O juiz apita o final de jogo. Milagrosamente, o Bangu arranca o empate do São Paulo. Os times, exaustos, se lançam ao chão. Raphael foi atendido por médicos e levado pra enfermaria.
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:48 pm

    Capítulo 12: O Encontro com Tsubasa: O Jogador das Trevas Ataca!

    Na enfermaria, Raphael estava sendo tratado, com toda cautela possível. Os médicos tinham certeza de que havia algo errado com ele, mas, estranhamente, Raphael parecia não sentir mais nada. Queriam fazer outros testes, mas foram impedidos por Raphael:
    - Pode esquecer isso! Eu estou bem agora. Era só cansaço, devido ao treinamento duro que tivemos.
    -Tem certeza? Poderíamos fazer alguns exames e...
    - É sério. Estou bem e não precisam preocupar-se comigo!
    - Então está bem. Como você quiser.
    Raphael deixou a enfermaria. Os jogadores do Bangu etavam do lado de fora, curiosos por notícias:
    - E então, Raphael? Tudo bem com você?
    - Sim, claro! Não será uma dorzinha que irá me derrubar!
    - Esse é o capitão!
    André estava preocupado com a saúde de Raphael, o que, para ele era preocupante. Raphael resolveu ter uma longa conversa com André:
    - O que está havendo? Por que o time estava apático todo o primeiro tempo?
    - Eles já sabem...
    - O que eles já sabem? Fala, André!!!!!
    - Eles já sabem da proposta da Federação Japonesa.
    - E daí?
    - Daí que eles não querem que você vá!
    Raphael olhou para os outros jogadores do time, e, baixou a cabeça. Não era pra eles se preocuparem com essas coisas. Para ele, isso seria algo natural:
    - Isso não lhes diz respeito. E, como eles souberam? Você contou algo?
    André estava sem saída:
    - Sim. Não tive opção...
    Raphael tinha se tornado agressivo, de maneira repentina, com André:
    - Opção? OPÇÃO? Você sempre teve opções, mas, sempre acaba fazendo a coisa errada!
    - O que quer dizer com isso?
    - Quero dizer que você está intrometendo-se DEMAIS na minha vida, André! Será que preciso ser mais claro?
    André olhou, rispidamente, para Raphael. Não estava acreditando que o cara que ajudou o time, tinha tornado-se, novamente, o vilão do começo da carreira:
    - Não precisa! Não vou me intrometer mais na sua vida, Raphael!
    André, visívelmente irritado, saiu da presença de Raphael. Raphael, por sua vez, ignorou o fato e seguiu para os vestiários.
    Os jogadores do Bangu voltaram para casa, pensando na próxima partida que decidiria o campeonato. Raphael não tinha voltado com eles. Na saída do estádio, encontrou-se com Makoto Fujiita, e com Kojiro Otoshi:
    - A partida foi muito complicada. O que houve com você, no campo?
    - Nada para se preocupar. O que o senhor veio fazer aqui?
    - Estava curioso e vim saber se você era realmente o que Maseru disse.
    - Kyoshi Maseru?
    - Parece que você é até mais do que eu pensava.
    - O que veio fazer aqui, exatamente?
    Fujiita olhou pro estádio e, depois, para Raphael, e disse:
    - Vim pra cumprir a promessa de Maseru e levar você pra jogar no Japão.
    Raphael ficou um tempo parado. Pensava que, o que Maseru havia dito, pudesse ser algum tipo de piada. Mas respondeu:
    - Até poderia aceitar, mas, eu preciso cumprir a promessa que fiz ao Bangu.
    - Promessa?
    - Vou levar o Bangu ao título brasileiro. A próxima rodada será em uma semana.
    Fujiita olhou para Raphael, e disse:
    - Não dará tempo...
    - O que quer dizer com isso?
    - Não dará tempo pra fazer isso. Se quer jogar, realmente, no Japão, a tempo de jogar por essa temporada, tem que esquecer a promessa que fez.
    - Esquecer?
    - Isso. Só assim você poderá jogar no Japão.

    Raphael viu que aquela poderia ser sua última chance de jogar no Japão. Ele não era mais um cara novo. Provavelmente, se quisesse jogar a copa do mundo pela seleção japonesa, precisava ir agora mesmo com Fujiita, mas, isso o faria abandonar o time. Tomou uma decisão que, pensou ser, uma decisão equivocada, mas, necessária para aquela fase:
    - Não posso...
    - Como!?
    - Não posso ir ao Japão, até conseguir vencer o campeonato...
    Otoshi resolveu dar uma opinião:
    - Fujiita-san, tem como você adiar sua volta ao Japão, não é?
    - Sim, mas, mesmo assim, não daria tempo. Teria que partir no dia do jogo.
    Raphael sugeriu:
    - Se eu for com você, no dia do jogo, ao menos dará pra eu jogar o primeiro tempo da partida?
    - Isso eu não sei, mas, se der, você virá comigo para o Japão?
    Raphael foi em direção ao estádio. Baixando a cabeça, respondeu, pensando nos amigos que fez no time do Bangu A.C.:
    - O time chegou lá, não por mim, mas por méritos, apenas, dos jogadores. A garra deles fizeram o time chegar onde chegou. O mérito é do time, não meu... Fujiita-san, se isso for possível... se puder me deixar jogar, apenas, o primeiro tempo, eu vou ao Japão com o senhor.
    - Entendi. Então, vou remarcar o meu vôo. Contarei com você.
    - Pode confiar. - disse, Raphael, apertando a mão de Makoto Fujiita.
    Nesse mesmo tempo, Tsubasa e Misugi se aproximavam de onde os outros estavam. Tsubasa foi cumprimentar Raphael:
    - Meus parabéns! Você foi realmente incrível. Você é genial!
    E, apresentou-se:
    - Sou Oliver Tsubasa. Prazer em conhecê-lo, Raphael.

    Raphael parou a conversa com Fujiita. Olhou, de maneira ríspida, para Tsubasa, que procurou apresentar Misugi também:
    - Este é Jun Misugi.
    - Prazer em conhecê-lo, Raphael.
    - Igualmente.
    Raphael continuou a olhar Tsubasa, de maneira agressiva. Fujiita viu que aquela seria uma conversa bem tensa:
    - Otoshi, prepare seu pára-raios.
    - Por que fez esse tipo de comentário?
    - Não notou? Veremos, agora, o confronto de duas mentes divergentes. O futebol-arte e o futebol tático vão se chocar, criando uma grande tempestade.
    - Isso foi uma metáfora?
    Raphael respondeu a Tsubasa:
    - Então, o Príncipe dos Gramados Japoneses e...
    Olhando, novamente, para Tsubasa, retrucou, com um ar debochado:
    - ...o "amigo" da bola, vieram me cumprimentar. Que lisonjeiro...
    - O que quis dizer com esse comentário?
    - Não preciso me justificar, Tsubasa-san. Preciso?
    Oliver não entendeu a rispidez de Raphael. Raphael, vendo isso, complementou:
    - Você se diz "amigo" de uma coisa inanimada. Que grande tolice! Tsubasa, você ainda está no JI?
    - O que isso significa?
    - Jardim de Infância.
    Misugi interviu:
    - Por que está falando essas coisas de Tsubasa?
    Raphael respondeu, novamente, ignorando Tsubasa Oozora:
    - Convenhamos, Misugi-san, que, um jogador com esse nível de pensamento, não devia ter saído de times escolares. Uma pessoa que se diz "amiga" ou "íntima" da bola, tratando-a como se fosse um ser vivo, jamais mereceria minha confiança. Eu conheço sua trajetória, Oliver Tsubasa. O mais impressionante, é que você dava o mesmo conselho, sem sentido, à todos os seus companheiros. "Seja amigo da bola" ou "seja íntimo da bola"... Convenhamos que esse conselho faz com que um cara de mais idade, seja uma criança novamente.
    - Não vejo dessa forma!
    - Esse é o problema, Tsubasa. Você NÃO vê. Se colocassem um camelo, na sua frente, no deserto do Saara, em meio ao nada, você não veria.
    - O que você quer dizer?
    - Tsubasa, você é meio burrinho, não é? Vou explicar novamente. Um jogador, como você, só está na seleção japonesa por piedade. Se eles quisessem vencer, não colocariam, no time, alguém tão emotivo assim. Quantas vezes vocês chegaram às etapas finais de uma Copa do Mundo? É, Tsubasa, tem razão, NENHUMA!!!!! Então, pare de dar conselhos fúteis. Era isso que eu queria dizer. Mas, se não entendeu ainda, eu lamento, pois com um cérebro limitado, como o seu, era de se esperar isso.
    E, despedindo-se de Fujiita, disse:
    - Lamento por essa cena, Fujita-san. Não queria que fosse dessa maneira. Encontre-me nesse endereço e conversaremos melhor.
    - Tudo bem.
    - Misugi, foi uma honra conhecê-lo. Se você avistar o Soda, diga que irei para o Japão em breve. E, quanto a você, Tsubasa Oozora, desculpe minha rispidez, mas é assim que são as coisa. Pense nisso. Um dia, nos enfrentaremos.
    Raphael se retirou. Tsubasa e Misugi ficaram completamente sem palavras, mas, sabiam que aquela não tinha sido a última vez que se encontrariam:
    - (Raphael, não sabe o quanto está errado, sobre o futebol...)
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:48 pm

    Capítulo 13: Avante, Guerreiros dos Gramados Brasileiros! Raphael não é o Único Craque por Aqui que Nasceu do Nada! (Parte 1)

    Rio de Janeiro. CT do Vasco da Gama...

    No teste do Vasco, um rapaz em especial, se destacava dos demais. Seus dribles eram algo incríveis. Tinha uma grande velocidade e domínio de bola. Nenhum jogador conseguia pará-lo, o que deixou o treinador impressionado:
    - Aquele rapaz... Qual é o nome dele?
    - Deixa eu ver na listagem, professor. (Hmmm...) Tá aqui. Daniel Gama, 18 anos, 2º colegial. Me parece um jogador novato...
    - Deixa eu ver uma coisa.
    O treinador pegou os registros pra dar uma olhada minunciosa. Surpreendeu-se com um fato muito peculiar:
    - O que foi, professor? Qual foi o espanto?
    - Esse rapaz... é parente do Raphael Gama, do Bangu?
    - Tá falando sério, professor? Esse garoto é parente do Raphael Gama? Há uma coincidência que notei nos sobrenomes, mas...
    O treinador do Vasco resolveu chamar Daniel, para uma conversa:
    - Sim, professor.
    - Vem cá, o seu nome é Daniel Gama?
    - Isso.
    - Você conhece algum Raphael Gama?
    - Sim, claro. É meu primo.
    O treinador ficou surpreso. As habilidades dos dois primos eram impressionantes, sem contar, que eram semelhantes em quase tudo.
    Daniel voltou ao teste, sem saber que já estava sendo visado para o time principal, e, não para as categorias de base...

    Nos arredores de Bangu...

    Um rapaz de 15 anos praticava, com sua bola de couro, embaixadinhas, chamando a atenção de muita gente. Onde ele parava, as pessoas olhavam sua habilidade com a bola:
    - E agora, pessoal, vejam isso!
    E ele começou a fazer uma série de embaixadinhas com o calcanhar, enlouquecendo o público. Mas, repentinamente, a bola foi tomada por alguém:
    - O que foi isso?
    - Fazer embaixadinhas nunca irá tornar de você um craque. Qual é o seu nome, rapazinho?
    - Esse "rapazinho" tem um nome, e, é Jefferson!
    - Jefferson, huh? Por que não tenta tirar a bola de mim? Sou Marlon, centro-avante do Flamengo, e estou te desafiando!
    - Marlon, você não vai me envergonhar aqui! Me envergonhar aqui, de onde veio o craque banguense! Vou mostrar que sou tão bom quanto ele!
    Marlon foi desafiar Jefferson. Viu que aquele garoto era bom, então, foi com tudo. Jefferson não acreditava que estava encarando um jogador profissional. Mesmo esforçando-se, Jefferson não conseguiu tirar a bola de Marlon, que disse:
    - Não é apenas de embaixadinhas, que se faz um craque do futebol! Você tem talento e, eu quero explorar isso. Você gostaria de fazer um teste no C.R. Flamengo?
    Jefferson ficou sem palavras pra responder o convite de Marlon. Não podia acreditar que foi convidado para um teste no rubro-negro carioca:
    - O-O quê? Tá falando sério, sr. Marlon?
    - Não me chame disso. E, sim, é verdade. Você tem familiares para que eu possa contar a notícia?
    - S-Sim, claro!
    Jefferson levou Marlon, para conversar com os pais de Jefferson. Estava empolgado para saber se iria jogar, um dia, no Flamengo.

    Betim, Minas Gerais...

    Um jovem jogador cruzeirense, Tallick Miquilino, treina para, no próximo campeonato, brilhar no Campeonato Brasileiro. Jogador do meio-campo, em início de carreira, ele está ansioso para enfrentar adversários mais fortes:
    - (Vamos lá, Tallick! Mais velocidade!)
    Tallick foi interrompido por um outro estranho rapaz:
    - Você?
    - Tallick, Tallick... Continua treinando? Sabe que você jamais será tão bom quanto eu...
    - Cale-se. Se você acha que é tão bom quanto eu, me enfrente!
    - Tallick, você sabe que sou goleiro e... você não chuta à gol. Por que me daria ao luxo de enfrentar você?
    O nome do sujeito, que interrompeu o treinamento de Tallick, é Lianir Joseph, um velho rival de Tallick. Tinham uma rivalidade, desde o tempo dos campeonatos municipais:
    - Porque, ficando aí, Lianir, jamais provará que é melhor do que eu. Não estou certo?
    Lianir encarou Tallison, que não esboçou reação. Pelo contrário, continuou seu treinamento:
    - E, então, Lianir? Não vai falar nada?
    - Tudo bem, jogo com você...
    Lianir e Tallick, começaram a duelar com cobranças de bola parada.

    Campo do Sport Recife, Pernambuco...

    O time estava se preparando para receber os dois rapazes que passaram no teste, para jogar no time principal. Os nomes deles eram Leonardo Schweiner e Inácio Schweiner, irmãos gêmeos. Ambos jogam como meio-campistas. O pessoal do time ficou surpreso com o fato deles serem gêmeos idênticos:
    - Treinador, quem são eles?
    - São os novos membros do time, Leonardo e Inácio!
    - M-Mas... são gêmeos!
    - Eu sei. E daí?
    - Não será meio esquisito?
    - Não. Eles tem bola nos pés. São craques natos, com bom domínio de bola e poder defensivo. Serão nossas melhores armas para o próximo campeonato!
    Leonardo e Inácio vieram das divisões de base dos times sergipanos. São primos de André, o goleiro do Bangu. mas não foi isso que os fizeram subir ao status de profissional. Sempre jogaram futebol, desde crianças, o que fizeram eles se aproximarem da bola. A grande força física e a preparação técnica deles, faziam que a aparência idêntica dos dois fosse, apenas, um fator a ser acrescentado.
    Leonardo, ao terminar a apresentação, perguntou para Inácio:
    - O que estamos fazendo aqui, Inácio? Podíamos jogar lá em Sergipe mesmo!
    Inácio repousou no banco e respondeu, calmamente:
    - Não vê os noticiários? Nosso amigo, Raphael, está mostrando serviço no Bangu, junto com nosso primo. Um dia, sonho em enfrentá-los, com certeza!

    (CONTINUA!)
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:48 pm

    Capítulo 14: Avante, Guerreiros dos Gramados Brasileiros! Raphael não é o Único Craque por Aqui que Nasceu do Nada! (Parte 2)

    Porto Alegre, Rio Grande do Sul...

    Um rapaz corria pela praça, próxima aos arredores do C.T. do Grêmio. Seu treinamento era muito peculiar, para quem não conhecia. Consistia em ficar correndo, de um lado para o outro, entre duas árvores, dando trombadas de corpo nelas. O nome desse rapaz é Bruno, 179 cm e 89 kg. Possui um bom porte atlético e, uma grande força, afinal, não seria qualquer um que agüentaria dar trombadas, em um treinamento com pesos e correndo, o dia quase todo.
    Quase... pois, às manhãs, ele entrega jornais pelas ruas:
    - Tô saindo, sr. Fred!
    - Espere, Bruno! Não vai esperar o carro?
    - Você sabe que carregar os jornais e correr pela vizinhança faz parte do meu treinamento diário, para ser um grande jogador de futebol!
    De onde Bruno trabalhava, dava pra ver o campo do Grêmio:
    - Tá vendo aquele estádio, sr. Fred?
    - Estou.
    - Então, é ali que um dia vou jogar profissionalmente, como zagueiro e, um dia trarei a taça de campeão brasileiro pro senhor!
    - Bruno, só quero que você realize seu sonho. Isso vai me deixar muito feliz, garoto.
    - Eu sei. Agora vou trabalhar, porque, meu amigo, dinheiro não cresce em árvores!
    - Cuidado com as ruas!
    - Valeu!
    Rapidamente, Bruno sumiu, com os jornais nas costas, correndo como o vento pelas ruas porto-alegrenses. Ao passar por uma dessas ruas, viu um homem entregando panfletos e, resolveu pegar um, por curiosidade. Ao ler, ficou curioso, por se tratar de um teste do Grêmio. Resolveu perguntar se era verdade:
    - É sim, meu jovem. O Grêmio está fazendo testes para as divisões de base. E acho que as inscrições terminam hoje.
    - CARAMBA! Hã... Preciso ir logo! Quando termina as inscrições?
    - Ás 17 hs!
    - Certo! Vou correr com essas entregas de jornais e, vou correndo me inscrever! Valeu pela informação, senhor!
    - Boa sorte, rapaz!
    Bruno correu com as entregas, entregou a diária para Fred, e, foi correndo para o C.T. do Grêmio, mesmo sem pegar seu pagamento:
    - É aqui as inscrições pro teste? Por favor, diga que ainda tem vagas!
    - Tem sim. Você quer se inscrever?
    - Claro! Quero ser o melhor zagueiro da Seleção Brasileira, um dia!
    Alguém, do fundo do saguão, respondeu à Bruno:
    - Então terá que ser melhor do que eu!
    O jovem chamou a atenção de Bruno. Era Pablo, paranaense, 15 anos, 185 cm e 93 kg:
    - Qual é o seu nome?
    - Bruno Soares, e o seu?
    - Pablo Silva Yamagushi, muito prazer! Você não ia se inscrever?
    - A... AAAAAAAAA... Ah, é!!!!!
    Bruno inscreveu-se e, estava ansioso pelo teste no Grêmio:
    - Parece nervoso. Espero que isso não influêncie no seu desempenho, no teste do final de semana.
    - Pode deixar comigo! Vou me sair bem!
    - Que bom! A confiança é um grande passo. Tomara que sejamos escolhidos.
    - Você também quer ser zagueiro?
    - Sim.
    - Qual é o seu sonho?
    Pablo pensou um pouco, e respondeu:
    - Jogar pelo Japão, mas, pra isso acontecer, terei que me profissionalizar primeiro. Tive uma idéia! Não me importando qual seja seu sonho, vamos torcer, um pelo outro, para eles se realizarem, certo, parceiro?
    E, apertando a mão de Pablo, Bruno disse:
    - Por nossos sonhos!
    - Por nossos sonhos.

    Santos, São Paulo...

    Outro jovem treinava na praia do Guarujá. Seu nome é Lucas, mais conhecido como Gavião, por ser muito veloz e agressivo. Ele estava treinando para ficar em forma, a tempo para estar pronto para o próximo campeonato paulista, onde jogará pelo Santos F.C., e, sustentar a camisa 10 do time. Atualmente, ele estava levantando pesos de concreto, quando sua irmã, Joana, foi falar com ele:
    - Mano, você vai se cansar assim!
    - Estou bem, Joana.
    - Aqui está sua água.
    - Obrigado.
    Foram sentar-se numa manilha, próxima do lugar onde estavam:
    - Ufa... pronto!
    - Obrigado, mano! Você deve estar cansado do treinamento, não é?
    - Estou acostumado, afinal, se quiser derrotá-lo, tenho que ser tão bom quanto ele.
    - Ainda pensando naquele jogador, mano?
    - Sim. Vou jogar, contra ele, no próximo campeonato brasileiro! Por isso estou me preparando tanto.
    - E, quando você se for, quem vai cuidar de mim?
    Lucas e Joana eram órfãos e viviam com seus tios paternos. Lucas, preocupado com sua irmã, disse, para acalmá-la:
    - Os nossos tios são legais. Você não estará sozinha. E, tem o nosso primo, Fernando. Ele pode cuidar de você.
    - Eu sei, mas, e você?
    - Eu vou te ligar, sempre que puder. Eu prometo, tá legal?
    - Tá. Se você encontrar esse jogador, faça o possível para vencê-lo, por mim, tá?
    - Tudo bem, irmãzinha. Farei um gol em sua homenagem. Agora vá! Meus tios devem estar preocupados, e, eu preciso treinar.
    - Certo, mano.
    E, com um beijo no rosto, Joana despediu-se de Lucas:
    - Agora, de volta ao treino!

    Goiânia, Goiás...

    - Chuta!!!!!
    - Aí vai! E vai ser gol... O quê?
    O atacante do time roubou a bola e seguiu em direção ao gol:
    - Kaique, você consegue!
    E, com uma arrancada fantástica, Kaique consegue marcar o golda vitória do seu time.
    Kaique é atacante, e, sonha em se profissionalizar. Suas habilidades se igualam muito com as de Raphael e, apesar de jogar em campos de várzea, tem uma perseverança, fora do comum, em jogar futebol contra os maiores do mundo:
    - Ótima partida, Kaique!
    - Valeu, pessoal! Vocês confiaram em mim. Não vou desapontá-los nunca!
    Foi quando o treinador o chamou:
    - Kaique, uma pessoa quer falar com você.
    - E quem é?
    - Não sei, mas falou que era importante.
    - Tudo bem. Vou falar com ele.
    Kaique foi para o lado de fora do vestiário improvisado e, encontrou um sujeito de terno que queria falar com ele:
    - Você é Kaique Santos?
    - Sim.
    - Sou Rodrigo Mattos, olheiro do Goiás.
    E, espantado, Kaique perguntou ao homem:
    - M-Mas o que o senhor veio fazer aqui?
    - Não precisa espantar-se , Kaique. Quero que você faça um teste no Goiás, amanhã mesmo, se possível.
    Kaique ficou estático. O seu sonho tinha ficado muito próximo de realizar-se, assim como o dos outros nove jogadores que, num futuro próximo, serão conhecidos como os Dez Titãs Brasileiros!
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:48 pm

    Capítulo 15: Brasileiro ou Japonês? A Decisão do Capitão!

    Raphael estava se recuperando das dores que sentia no peito. Foi encontrar-se com seu médico particular, Raul Thomas, que cuidava disso. Na sala de Raul, o médico deu o parecer sobre Raphael:
    - Hmmm, você melhorou, mas, não está seguindo o tratamento, como o combinado.
    - Dr. Raul, eu já disse que preciso jogar o tempo inteiro!
    - Se você acha isso, não serei eu que vou te impedir. Mas, vou alertá-lo: o seu problema irá se agravar, se você tiver outro jogo, como aquele contra o São Paulo.
    - Mas eu não posso deixar a equipe! Você não entende? Eu preciso continuar!
    Raul olhou para o prontuário de Raphael. Sabia que ele não iria obedecer as ordens médicas:
    - Quanto tempo...?
    - Tempo?
    - Quanto tempo você vem sentindo essas dores?
    - Isso não é...
    - Importante? Raphael, você é meu paciente! É CLARO que é importante!
    Raphael ficou em silêncio:
    - Soube das notícias?
    - Que notícias?
    - Notícias que poderão te interessar. Jogadores de várias partes do Brasil, estão buscando jogar contra você. E você não quer se cuidar. Irônico, não?
    Raphael levantou-se, e foi pra janela:
    - Você não sabe, não é?
    - Sabe do quê? Que você vai pro Japão? Sim, eu já sabia.
    - Quem contou?
    - Makoto Fujiita é um velho amigo meu.
    Raphael olhou para Raul. Sabia que ele tinha muitos contatos, mas, não sabia que Raul tinha amigos tão influentes, no Japão:
    - Desde quando você conhece o sr. Fujiita?
    - Fujiita já jogou futebol, no passado. Foi centro-avante, assim como você.
    Raphael olhou um jornal antigo, que Raul passou pra ele, da época que Fujiita jogava. Lendo, viu que ele era uma grande promessa japonesa:
    - Ele não jogou pelo Japão, por quê?
    - Jogou nas primeiras partidas das eliminatórias de '90. Mas, devido à uma forte bolada na testa, deu um ataque epilético, seguido de coma profundo. Quando acordou, viu que não estava enxergando muito bem.
    - Deixa eu adivinhar: a visão dele foi afetada, devido ao ataque epilético?
    - Sim, mas, graças a bolada que Fujiita recebeu, foi descoberto um tumor no cérebro, que o tirou permanentemente dos gramados.
    Raphael voltou a olhar para Raul:
    - E você tá me comparando com ele?
    - Não, meu amigo. O que apenas quero lhe dizer é, ou se cuida mais, ou então...
    Raphael saiu da sala, em silêncio, sem comentar nada com André, que o aguardava do lado de fora da sala.

    André, ao sair da clínica, resolveu quebrar o gelo com Raphael:
    - Mano, o que o médico disse?
    - Por que o interesse?
    - Estou preocupado com você. Só isso.
    Raphael abaixou a cabeça. André sabia que algo estava acontecendo:
    - Não foi uma notícia boa, que você recebeu, huh?
    - Isso não te interessa!
    - Você não devia ir para o Japão...
    - Voltou a se meter na minha vida, André? O que foi que eu...
    Nesse momento, Roberto, irmão de André, chegou a interromper a conversa dos dois:
    - Já estão brigando, de novo?
    - Não é isso, maninho. Nós estávamos...
    - Tsubasa?
    André e Roberto olharam para o lado, e viram Tsubasa Oozora parado, em frente à eles. Misugi e Wakabayashi, que havia acabado de chegar no Brasil, acompanhavam Tsubasa:
    - Raphael, quantos dias se passaram?
    - Três... Genzo Wakabayashi? Você por aqui? Se soubesse disso, teria preparado um bolo!
    Wakabayashi notou que Misugi tinha falado a verdade sobre o sarcasmo de Raphael. Raphael continuou falando com Tsubasa:
    - O que está fazendo aqui, Tsubasa Oozora?
    - Soube que você morava na área. Por isso...
    - Não precisava MESMO se dar ao luxo de me visitar.
    Wakabayashi tomou a frente da conversa:
    - Você não deve ser um jogador de verdade.
    - Por quê?
    - Não vê? Um cara como você, não sabe o valor do verdadeiro futebol.
    - Ah, não... Outro Tsubasa, não! Eu já disse pro seu amigo e, vou repetir pra você, ô palhação!
    - Palhação!?
    - Não existe valor, não existe amizade e, não existe intimidade! O futebol é uma guerra, onde dois campos se chocam, buscando um único objetivo, que é vencer à todo e qualquer custo! Não existe a parceria dentro das quatro linhas, Wakabayashi! Não existe o meio-termo! Só existe a vitória ou a derrota! O empate É uma derrota!
    - É por isso que eu vejo um derrotado na minha frente!
    - Como? O que disse?
    - Isso mesmo que você ouviu. Um jogador que pensa assim, NUNCA será um grande profissional! Você não joga com o time e, isso não é futebol!
    Percebia-se ódio nos olhos de Raphael, quando falou com Wakabayashi:
    - Se acha isso mesmo..., vou te mostrar o meu futebol! Verá que não estou brincando!

    Pacientemente, Raphael seguiu para a praça onde costuma treinar. Lá, desafiou Tsubasa e Wakabayashi:
    - Esse campo era onde eu treinava, e ainda treino. É aqui que faço minha proposta a vocês!
    - Proposta?
    - Isso, Tsubasa, mas, primeiro ao Wakabayashi.
    - Por que isso?
    - Preste muita atenção, Wakabayashi. Você disse que eu não sou um jogador de verdade, certo?
    - Isso.
    - Vou te mostrar que o futebol não precisa de coisas fúteis, como vocês vivem dizendo. Já ouviu falar no meu chute, o Black Fox Shoot?
    Misugi respondeu:
    - Ambos estão cientes dele.
    - Não perguntei a você, sr. Misugi!
    E, refazendo a pergunta, foi respondido por Wakabayashi:
    - Sim, nós sabemos!
    - Ótimo. Você se acha um grande goleiro mas, isso não importa pra mim! Agora, Wakabayashi, veja isso!
    - Venha com tudo!
    - Vai se arrepender por ter dito isso!
    André tentou parar seu amigo:
    - Pare, não faça isso!
    Já era tarde. Raphael chutou a bola, com toda a força que tinha, na direção de Wakabayashi:
    - BLAAAAAAAACK FOX SHOOT!!!!!
    O impacto que a bola fez, causou um estrago no chão da praça, erguendo a bola em direção à Wakabayashi, que ficou imóvel.
    A bola atingiu o abdômen de Wakabayashi, que foi lançado, com a bola, para a grade da praça. André, Tsubasa e Misugi ficaram imóveis, depois daquela cena. Raphael aproximando-se, deixou bem claro a sua superioridade sobre eles:
    - Estão vendo!? Esse é o meu futebol! O futebol-guerra! O FUTEBOL-PODER!!!!!
    Tsubasa não se agüentou calado:
    - E você chama isso de futebol? Futebol-poder? Você não é um jogador, é um tirano, um monstro!
    - Isso mesmo, Tsubasa... Um monstro que não pode ser derrubado! Um Golias que nem Davi derruba!
    - Como disse?
    - Essa é minha última partida no Brasil! Vou mostrar àquele povo, o que é o meu futebol! O que é o futebol invencível! O que é o RAPOSA NEGRA!!!!!
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    Captain Tsubasa - On the Road to the Victory Empty Re: Captain Tsubasa - On the Road to the Victory

    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:49 pm

    Capítulo 16: O Último Passo! Um Capitão Abalado por um Adeus!

    Alguns dias depois de seu confronto com Tsubasa e contra Wakabayashi, Raphael se via às voltas com um dilema: como contar para seus companheiros de time que não iria jogar o segundo tempo, contra o Grêmio, devido à sua viagem para o Japão. A partida seria no dia seguinte, um dia decisivo, onde os dois líderes se enfrentariam. Raphael estava visívelmente abalado, e, não sabia se teria coragem de contar:
    - (Eu não sei o que eu faço... É a primeira vez que isso acontece. Por que, ainda, não me decidi?)
    Maria, a esposa de Raphael e irmã de André, viu que Raphael estava muito pensativo. Notou, também, que ele não havia se alimentado o dia todo. Aproximando-se, resolveu falar-lhe:
    - O que foi, Raphael? Por que está isolado aqui? Brigou, novamente, com meu irmão?
    - Hehehe... Isso me deixaria muito feliz. O seu irmão se preocupa comigo e eu me sinto seguro, quando ele me dá alguma bronca...
    - Sério? Acho que vou dizer isso pra ele!
    Raphael sentiu-se entristecido, e perguntou à Maria:
    - Você acha que eu sou "durão"?
    - Posso ser franca? Promete que não será "durão" comigo? Hahaha!!!!
    - Claro, eu prometo.
    Maria levantou o rosto de Raphael e, pediu para ele olhar nos seus olhos. Os olhos de Maria eram de um belo azul-celeste:
    - Esse é você. Foi com esse homem que aceitei me casar. E é esse homem que vai pro Japão. Raphael, me promete uma coisa?
    - Claro!
    - Não perca essa sua coragem. Eu sei que você pode parecer um sujeito arrogante, ás vezes, ao aconselhar, mas, no fundo, você quer ajudar. Seus amigos sabem disso. EU sei disso. E é por isso que eles confiam em você, por essa sua coragem e impetuosidade. Mesmo que o time não seja campeão, você já fez muito por eles, e, eles são gratos a você!
    Raphael sentiu-se mais encorajado, com as palavras de Maria. Nesse momento, André também comentou:
    - E somos um time, graças a você!
    - André?
    - Nunca chegaríamos tão longe, se não fosse por sua direção e garra. Tenho certeza que a melhor coisa que fiz, como jogador de futebol, foi ter entregue a braçadeira de capitão pra você. E não me arrependo!
    - Eu não sou um jogador companheiro do time... Jogo sozinho.
    - E acredito que você, um dia, irá mudar isso. Você vai jogar no Japão e vai arrasar lá! Você terá inúmeros rivais, a partir de agora, e você vai aprender um pouquinho com cada um deles. Aceite esse aprendizado e mostre-me, no futuro, o quanto você evoluiu!
    - Você confia mesmo em mim?
    - Heeeeeey, é claro, mano! Todo o time confia! E eu sei que você fará um ótimo primeiro tempo!
    - C-Como você?
    André virou-se de costas para Raphael, para esconder possíveis lágrimas. Precisou de coragem para responder:
    - Eu... eu ouvi a conversa sua com Fujiita, e com Otoshi. Sabia que você não poderia jogar a partida contra o Grêmio, por inteiro...
    - André... me desculpe.
    - Não precisa se desculpar. Eu já conversei com o time sobre isso e eles jogarão, com tudo, por você.
    - Eu sempre confiei neles.
    André levantou a cabeça, sem acreditar no que ouvia. Virou-se e escutou o resto das palavras de Raphael, que vieram com algumas lágrimas:
    - Eles são grandes jogadores, assim como você. Terão um futuro brilhante. Encontrarão grandes clubes e serão os melhores no que fazem. Wakabayashi disse que eu não sei o que é futebol. Não é que eu não saiba, mas sou um cara que teme perceber que é um fraco. Um sujeito que tem medo de se olhar no espelho e fazer uma análise de si mesmo.
    - Raphael?
    - Lamento por ter te agredido antes, André. Não foi minha intenção. Estava tentando ver dentro de mim. Acabei vendo errado... Mas isso não importa mais!
    E, enxugando as lágrimas, disse, corajosamente:
    - Esse não será o último urro do Raposa! Vou jogar tão bem, como nunca joguei antes! Vou dar à você e aos meus companheiros inseparáveis, uma prévia do Golias dos Gramados Japoneses!!!!!
    - Raphael, é assim que se fala!
    - Muito bem, querido!
    - Um dia serei o melhor do mundo e, então, não me esquecerei do apoio dos meus amigos! Vamos, André! Eu sei que não vou jogar o jogo todo mas, eu quero dar um último presente pro time do Bangu, neste ano!
    E, virando-se para o horizonte, reafirmou, como tinha feito há tempos atrás:
    - Eu irei dar o Campeonato Brasileiro pra eles! É uma promessa, e, EU VOU CUMPRIR!!!!!

    Maracanã - RJ. Palco da última partida do Raphael e, da final do Campeonato Brasileiro, contra o Grêmio Porto-Alegrense.
    O Grêmio contava com suas duas novas armas, na zaga: Bruno Soares e Pablo Yamagushi. O treinador Carlos dava as últimas instruções ao time:
    - Nós temos que vencer para sermos campeões. Eles virão, com tudo, pra cima de nós, pois querem o mesmo. É a última rodada, então, pessoal, vamos jogar pelo Campeonato!
    - CERTO!!!!!
    Bruno estava ansioso pelo início da partida:
    - Pablo, eu estou super nervoso!
    - Calma, cara! você não disse que queria ser um grande jogador?
    - D-Disse, mas...
    - Você deu seu primeiro passo. Agora vá em frente, ok?
    Mais calmo, Bruno confirmou:
    - Ok, mas, me prometa que vamos jogar com tudo, contra àquele cara!
    - Tá certo! Vamos ser a Dupla de Ouro do Grêmio!
    No vestiário do Bangu, Raphael resolveu não aparecer. Preferiu ficar no gramado, com a torcida. André assumiu as falas de encorajamento:
    - Pessoal, é a última partida do capitão...
    - Ufaaaaaaaaa...
    - Que ufa o que (hehehe)!!!!! Hoje vamos jogar por ele! Vamos dar a taça de campeão brasileiro pra ele!
    - O capitão merece! Faremos isso por ele!
    - Certo! Então, cada um de vocês, que entrar naquele campo, terá um único pensamento! Vencer, e vencer pelo capitão! De acordo, pessoal!?
    - De acordo!
    - NÃO OUVI!
    - DE ACORDO!!!!!
    - Então, VAMOS VENCER MAIS ESSA PARTIDA!!!!!
    - CERTO!!!!!
    Como era de se esperar, o jogo estava sendo acompanhado por Fujiita, Wakabayashi, Tsubasa, Misugi e Otoshi, e, transmitido para diversas emissoras do Japão. Raphael estava em silêncio. Um silêncio tão profundo que, mesmo com o grito da torcida, não se abalava. Só abriu os olhos na troca dos emblemas.
    O juiz decretou que a saída de bola seria do Bangu. Raphael trocou os emblemas e, sem falar nada, virou-se e tomou sua posição. O jogo prometia esquentar, naquele momento.

    O juiz apita o início do primeiro tempo. André grita, do gol, para os jogadores:
    - Não se esqueçam da promessa que fizeram! Vão para o ataque com tudo!
    O Bangu fez uma ataque em massa, o que deixou a defesa do Grêmio totalmente desnorteada:
    - O que está acontecendo?
    - Tirem a bola deles!
    Raphael avançou, não tomando conhecimento dos marcadores:
    - Saiam da frente! Vocês não serão os campeões!
    E, fazendo o marcador, literalmente, voar, disse:
    - NÓS seremos os campeões!!!!!
    Douglas, que estava de posse da bola, tocou para Raphael:
    - Capitão, marque o primeiro!
    O passe foi perfeito, mas, em frente ao capitão do Bangu, estava Bruno:
    - Não vai passar por mim!
    - Você é novato? Então, não me interrompa!
    Olhando para Douglas, que estava livre, tocou a bola, com precisão, para ele:
    - Douglas é sua!
    - C-Como?
    E Douglas, recebendo a bola, disse consigo mesmo:
    - (Valeu, capitão! Não vou falhar!) AÍ VAI!!!!!
    E o Bangu marca seu primeiro gol, aos 13 minutos do primeiro tempo, preludiando uma partida emocionante!
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    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:49 pm

    Capítulo 17: O Final de uma Era! Adeus, Companheiros! Nos Vemos na Copa do Mundo!

    Um gol do Bangu, muito comemorado por Raphael. Na verdade, era a primeira vez que Raphael comemorava um gol e, ainda mais, com seus companheiros de clube. A torcida estava a toda com o gol. Parecia o cenário perfeito pra uma despedida dos gramados. O time do Bangu queria mais e, tratou de, logo, voltar para o seu campo:
    - Muito bem, pessoal! Vocês foram ótimos mas, a partida está apenas no começo! Ainda não ganhamos o campeonato!
    Fujiita queria ver até onde Raphael chegaria, com seu tempo limitado:
    - Raphael é um jogador extremamente dinâmico. Tanto tempo de observação e, só agora, ele mostrou esse lado?
    Otoshi respondeu, justificando:
    - Raphael sempre foi dinâmico. Ele não gosta de meias ações. Sempre confiou no time, apesar de exigir demais dos companheiros.
    - É verdade. Um jogador, como ele, tinha tudo pra jogar na Europa, num time de tradição, mas, ele escolheu o Japão. É uma escolha que eu não consigo entender.
    Tsubasa entrou na conversa:
    - Talvez seja pessoal, Fujiita-san.
    - Pessoal?
    - Ontem, Wakabayashi e eu, conversamos com ele e, pelo tom de voz, ele deixou bem claro que o motivo para jogar no Japão era mostrar que não é só na Europa que existem jogadores bons.
    - Mas, por que o Japão?
    - Porque seja um dos mais desacreditados.
    O juiz tinha apitado e, o Bangu já tinha roubado a bola. O Grêmio estava todo no campo defensivo. O jogo tinha se complicado pro lado deles.
    Raphael sabia que o tempo estava acabando e, que não tinha muito tempo pra definir a partida. Era uma corrida contra o tempo. Precisavam chegar, rápido, ao gol:
    - Douglas! Passa a bola!
    - Capitão!
    Raphael recebeu a bola, mas estava cercado por três zagueiros gremistas:
    - (Essa não... como vou sair disso?) Só tenho uma chance!
    - Daqui você não passa!
    Raphael deu um salto, com a bola nos pés, impulsionado-se com toda a força para o alto:
    - I-Impossível!
    - Estou vendo o gol! É agora!
    E, numa grande manobra aérea, largou a bola e deu uma bicicleta precisa, em direção ao gol:
    - (Esse é o meu último gol pelo time. Me perdoem, pessoal...) LÁ VAI!
    Bruno viu a jogada, mas não acreditou:
    - (Como ele fez isso? Que jogador é esse?)
    Pablo também ficou paralizado:
    - (Nunca vamos parar esse cara...)
    A bola fez um efeito incrível. Mesmo se esforçando, o goleiro não conseguiu defender o chute e, aos 27 minutos do primeiro tempo, o Bangu marca o segundo gol. Mas, Raphael parecia muito entristecido. Tsubasa tinha notado isso, desde o início da jogada:
    - Que estranho? Ganhando o campeonato e, ele com essa cara? O que acha, Fujiita-san? Fujiita-san? Otoshi?
    E, olhando para os lados, viu que, nem Makoto Fujiita e, nem Kojiro Otoshi, estavam na arquibancada. Foi quando Misugi chamou a atenção dele:
    - Tsubasa veja!
    - Veja o que?
    - Raphael está sendo substituído!
    - Mas como? Aos 30 minutos? Por quê... Será que...
    Nem Tsubasa, muito menos, o time do Bangu, estavam cientes do que estava havendo:
    - Mas já? Por que isso? O que está havendo?
    Raphael estava olhando o banco. O treinador Marcelo baixou a cabeça. As duas torcidas aplaudiam Raphael, de pé. Ele sentia que era o fim de uma era. Olhou para André, que parecia estar chorando baixo, e, se despediu com um leve sorriso, do time:
    - Obrigado... por tudo, meus... amigos.
    E, de cabeça baixa, deixou o campo, onde seu time se consagrou favorito do campeonato.

    No vestiário, Fujiita já o esperava, junto com Otoshi:
    - Desculpe por ter feito você tomar essa decisão, tão rapidamente.
    - Tudo bem, (er...) eu só lamento por não compartilhar o momento com eles. Eu sei que eles ficarão zangados comigo, mas, eles entenderão.
    - Eles são seus amigos e vão entender. Vamos?
    Deu uma última olhada para o corredor do Maracanã:
    - Acho que não virei aqui, até a Copa do Mundo. Vamos.
    Raphael se foi, deixando pra trás muitas amizades. No exterior do estádio, ele ouviu passos apressados:
    - Raphael, espere!
    Raphael identificou a voz:
    - André?
    André não esperou o tempo acabar e, correu para se despedir de seu amigo:
    - Raphael, você vai voltar um dia, não vai?
    - A Copa do Mundo é meu objetivo. 2014 é o ano da Copa, no Brasil, não é? André, você pode me prometer algo?
    - O que?
    - Que você vai pra Copa do Mundo. Lá nos enfrentaremos como rivais, ok?
    André olhou para Raphael, e bradou:
    - COMO VOCÊ PODE PENSAR NUMA COISA DESSAS!?
    Raphael soltou uma gargalhada. Ao terminar, disse:
    - Certo, certo, não pensei. Mas você pode me prometer isso?
    André ficou desarmado. Não podia negar o pedido:
    - Claro. É o meu sonho, também...
    E, despedindo-se, colocou a mão no ombro de André:
    - Adeus, amigo. Então, nos veremos na Copa do Mundo de 2014.
    Ao entrar no carro, para ir ao aeroporto, Raphael foi interrompido por vozes:
    - Espere!
    - Huh?
    Ao olhar, viu o time inteiro despedindo-se:
    - ADEUS, CAPITÃO! BOA SORTE!!!!!
    Do interior do carro, Raphael suspirou um leve adeus...

    Ao chegar no aeroporto, Fujiita quebrou o silêncio de Raphael, com um comentário sobre o futuro dele no Japão:
    - Já definiu o time que você pretende jogar? Você tem propostas de diversos times japoneses, como o Gamba Osaka, Kawasaki Frontale, Vissel Kobe, Urawa Reds e Kashima Antlers. Posso dizer que são quase todos os times do futebol japonês que mostraram interesse profundo em você.
    Raphael olhou para a plataforma de embarque. Disse, para Fujiita, que ainda não havia decidido. Otoshi deu um conselho para Raphael:
    - Por que você não joga no Hoovers?
    - Hoovers?
    - E que time é esse Hoovers?
    Fujiita comentou:
    - Não pode estar falando do Sendai Hoovers, está?
    Raphael tinha ficado curioso:
    - Sendai Hoovers? Que time é esse?
    - É um time muito recente, que, atualmente, está na segunda divisão da J-League. Mas é meio desacreditado.
    - Isso não é verdade! - discordou, Otoshi; - Nós chegaremos na primeira divisão e, levaremos a J pra casa!
    O avião para o Japão estava pronto para o embarque. Ao sair, Raphael pensou nas palavras de Otoshi e, pensou consigo mesmo:
    - (O Japão está logo em frente. É o meu próximo passo. É o meu destino.)
    E, seguiram para o avião, rumo ao futuro...
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    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 12:49 pm

    Capítulo 18: Um Novo Japão! Raphael Jogará pelo Gamba Osaka?

    Japão, junho de 2010...

    Raphael chegava ao Japão, com Fujiita e Otoshi. Buscando novos objetivos, ele se preparava para atuar pelo futebol japonês. Quanto ao time em que iria jogar, ainda se encontrava indeciso. Essa indecisão devia-se pelas palavras de Otoshi, com relação ao recente Sendai Hoovers. Mas isso era o que menos importava para ele. Raphael queria saber em quanto tempo conseguiria concluir o processo de nacionalização, para preparar-se para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Fujiita disse que cuidaria disso, mas, o tempo corria, e, Raphael precisava escolher um time:
    - Muitos times estão esperando a sua resposta, Raphael. O que vai decidir? Ainda precisamos ir até a Associação, decidir sobre sua nacionalização.
    - Você pode fazer isso por mim, sr. Fujiita? Pretendo ir, com Otoshi, até Sendai.
    Otoshi ficou muito surpreso com a decisão de Raphael. Nem sequer pensava que Raphael decidiria tal coisa. Com tantos times melhores, no Japão, Otoshi tinha deduzido que Raphael poderia escolher algo melhor:
    - Tá falando sério, Raphael-san?
    - Por que a pergunta?
    - Pensei que, já que tantos times bons estão à sua procura, você pudesse escolher algo mais compatível com você, cara.
    - Você pensa demais, sabia?
    - Não é isso...
    Fujiita interrompeu-os:
    - Por favor, rapazes... e, se você quiser, pode ir. Amanhã buscarei você, pode ser?
    - Sim, sr. Fujiita.
    - Então nós iremos pro Gamba Osaka.
    - Gamba Osaka? Por que lá, em primeiro lugar?
    - Pedido do presidente do clube. Fica difícil recusar, não é?
    Raphael virou as costas e disse:
    - Nos vemos amanhã.
    - Tudo bem. Otoshi, cuide bem do hóspede.
    - Pode deixar!
    - (...) ????
    Raphael e Otoshi se encaminharam para Sendai, onde visitariam o Hoovers. Fujiita encaminhou-se para a Associação, onde iniciaria o processo de nacionalização de Raphael.
    Ao chegar na Associação Japonesa de Futebol, Fujiita foi, diretamente, à sala de Katagiri:
    - Sr. Katagiri?
    - Entre, Fujiita. Já voltou de sua viagem para o Brasil? Alguma novidade?
    - Sim, senhor. Trouxe novidades muito boas. Raphael jogará aqui, no Japão.
    Katagiri parou, imediatamente, o que estava fazendo, para dar atenção a Fujiita:
    - Como convenceu-o a jogar aqui? Soube que diversos times do mundo todo, estavam atrás dele!
    Fujiita sentou-se, e, começou a explicar os motivos que fizeram Raphael decidir pelo Japão:
    - Sr. Katagiri, Raphael não tinha o objetivo de jogar por qualquer outro país. Para ele, o mais importante era, apenas, nacionalizar-se japonês.
    - Nacionalizar-se?
    - Isso. Raphael quer ser o melhor do mundo, jogando pelo Japão, e, com uma proposta bem audaciosa.
    - E qual seria essa proposta?
    Fujiita fez uma pausa. Dar um pouco de dramaticidade nos seus depoientos, fazia parte de seu ego:
    - E que proposta seria essa, sr. Fujiita?
    - Bom, Raphael quer jogar futebol pela seleção japonesa profissional para...
    - Para o quê?
    - Levar o Japão ao campeonato mundial!
    Katagiri ficou paralisado. Pensou que Raphael não podia estar em sã consciência, ao dizer tal coisa. Mas, a seleção japonesa, com certeza, precisava de um incentivo desses.

    No dia seguinte, Otoshi e Raphael chegavam ao CT do Hoovers. Apesar de ser um time de pouca expressão, o Hoovers tinha um CT respeitável. Otoshi deu as boas vindas a Raphael:
    - Seja bem vindo ao CT do Hoovers, e...
    Repentinamene, uma voz os alertou:
    - CUIDAAAAAAADO!!!!!
    Otoshi e Raphael desviaram. Era um rapaz que estava numa bicicleta, que parecia desgovernada:
    - Malditos freios! Hey, vocês... vocês... VOCÊ!!!!!
    Ao ver Raphael, o rapaz perdera o controle. Mais parecia uma tiete enlouquecida:
    - E-Eu não acredito q-que estou frente a frente c-com v-você! Que maneiro!!!!!
    Raphael estranhava o rapaz. Pra ele, a aparência do jovem era muito familiar:
    - Soda?
    Otoshi o corrigiu:
    - Soda!? Oh, não, Raphael! Este não é o Makoto Soda, apesar de parecer muito, hehehe!
    - Então quem é esse?
    O rapaz se apresentou, meio sem jeito:
    - Puxa vida! Er... meu nome é Masato Itawa, tenho 16 anos, sangue AB negativo, e... e... (Ai, que vergonha... Ele deve estar me achando um idiota...).
    - Você é um fã?
    - Oh, nossa! Falou comigo? Nunca mais vou lavar os ouvidos!
    - Calma, por favor! Não precisa deixar de lavar os ouvidos, por minha causa, Itawa-kun!
    - WROOOOOOOOOOAR!!!!! Ele me chamou de Itawa-kun! Otoshi, você viu isso!?
    - Vi sim, Itawa... Por favor, está deixando nosso convidado sem jeito!
    Raphael, então, perguntou pra Otoshi:
    - Esse cara... de onde você o conhece?
    - Este é o lateral esquerdo do time, recém-contratado, Masato Itawa, o "ligeirinho" do time. Você acreditaria se te contasse que ele consegue correr o campo inteiro em 15 segundos?
    - 15 segundos!? Poxa! Quase tão rápido quanto eu!
    Otoshi ficou espantado, com a resposta de Raphael:
    - Quase!? Em quantos segundos você consegue correr um campo inteiro, de um gol até outro?
    Itawa tomou a iniciativa de responder por Raphael:
    - Esse cara consegue correr, durante 11 ou 11,5 segundos, à uma velocidade média de 17,5 km/h. Nesse período, ele consegue, facilmente, correr um campo, de um gol ao outro. Sei, também, que Raphael pode fazer um turno de 180°, em exatos 0,4 segundos, sem contar que o chute principal dele, o Black Fox Shoot, pode alcançar uma velocidade média impressionante, de 150 km/h. Você sabia que os apelidos dele, aqui no Japão, são Raposa Negra, Raijin-san e Super-Homem dos Gramados?
    Otoshi ficou sem palavras para descrever todo o conhecimento de Itawa, sobre Raphael. Raphael ficou perplexo, pelo fato de alguém saber tanta coisa sobre ele:
    - Se quiser, posso falar alguns fatos da vida pessoal dele e...
    - Tá bom, Itawa-kun. Valeu pela aula sobre mim.
    - P-Puxa, ele já se lembra do meu nome!
    - Você é o lateral-esquerdo, não é? Deve ser muito bom, para correr com tamanha velocidade, estou certo?
    - Se você diz?
    Otoshi, então, resolveu contar as notícias para Itawa:
    - Masato, você sabia que Raphael poderá jogar aqui?
    - Raphael, AQUI!? Um campeão, como ele? Você não está falando sério, não é Otoshi?
    - Campeão?
    - Você não sabia? O Bangu venceu o Grêmio, por 3x0, com dois gols de Douglas e um do Raphael! Foi, realmente, uma partida emocionante!
    Raphael, então, lembrou-se da promessa que fez ao time:
    - Então, missão cumprida... Itawa, qual é o seu maior sonho?
    - Meu sonho?
    - Isso. Seu sonho.
    Itawa olhou para o alto e, respondeu a pergunta:
    - Um deles já realizei, que era conhecer você. Tenho outros dois, que são jogar ao seu lado, e, ser um campeão pela Seleção!
    - Campeão pelo Japão?
    - Isso mesmo. Acredito que, se nos esforçarmos bastante, podemos ser campeões do mundo!
    Otoshi, ouvindo isso, disse para Itawa:
    - Então, Masato, você e Raphael compartilham o mesmo desejo, sabia?
    - Fala sério, Otoshi? Nem posso acreditar nisso!
    Raphael, então, perguntou para Otoshi:
    - Então, o presidente do clube se encontra aqui?
    - Poxa, que cabeça a minha!
    Itawa respondeu:
    - O presidente está sim. Por favor, entre, Raphael-san!
    - Me chame apenas de Raphael.
    - Tudo bem, mas, vou logo avisando que será difícil de me acostumar com isso...
    Itawa e Otoshi levaram Raphael pra conhecer o presidente do Hoovers, o sr. Hidetoshi Fukujima:
    - Sr. Fukujima! Este é Raphael Gama, do Bangu A.C..
    - Oh, sim! Estávamos esperando o senhor, Raphael-san! Bem vindo ao Hoovers! Veio ver nossas instalações?
    - Sim, sr. Fukujima.
    - Então, onde está o seu empresário, para tratarmos de negócios?
    Fujiita tinha chegado naquele exato momento:
    - Estou aqui. Vejo que Raphael já se enturmou. Isso é bom! Por que você não vai dar uma olhada no campo, Raphael?
    Itawa ficou empolgado com a idéia:
    - Excelente! E você poderá ver o treino do time!
    - Tudo bem, então. Deixo tudo nas suas mão, sr. Fujiita.
    Raphael, Itawa e Otoshi foram em direção ao gramado, ver o treino.

    Chegando ao gramado, Raphael viu um time meio desligado, lembrando muito o Bangu, quando ele iniciou sua carreira:
    - ISSO é o Hoovers?
    - Parece que eles não estão muito motivados hoje, sem o capitão...
    - E onde ele está?
    - Contundiu-se no treino de ontem. O capitão era o único que conseguia por ordem na casa. Sem ele o time... Raphael?
    E, Raphael aproximou-se do campo:
    - Aquele é o goleiro de vocês?
    - Sim, o nome dele é Izaki Minokushi, por quê?
    - Era tudo que precisava saber.
    - Raphael, espera!
    Otoshi impediu Itawa:
    - Deixa ele.
    - Mas, Otoshi?
    - Observe seu ídolo em ação.
    Raphael entrou no gramado e, sem ser notado, roubou a bola de um dos jogadores:
    - Você me empresta isso?
    - O quê!?
    - Valeu!
    Os jogadores do Hoovers ficaram parados no gramado. O goleiro Izaki ficou curioso sobre Raphael:
    - (Quem é esse idiota?)
    O treinador do time, Takeshi Himada, e Kazuki Kurovich, que estava se recuperando de uma contusão no tornozelo, estavam vendo a cena, da parte superior da arquibancada:
    - Veja, Itawa! É o treinador e o capitão.
    - É mesmo...
    Repentinamente, Kazuki soltou um grito que chamou a atenção do time:
    - O QUE ESTÃO FAZENDO, SEUS PREGUIÇOSOS E INÚTEIS? PEGUEM A BOLA DELE! OU ESTÃO ESPERANDO UM CONVITE FORMAL?
    Nesse momento, o time inteiro acordou, e foi atrás de Raphael:
    - Esse deve ser Kazuki, o capitão do time. Muito bem, vou mostrar pra esse time furrecas, quem é que manda!
    Raphael não tomou conhecimento do time. Facilmente, passou pelos jogadores e, chutou tranqüilamente para o gol de Izaki, que não conseguiu defender o chute, marcando um gol espetacular, sobre o Hoovers.
    Kazuki não se espantou com a jogabilidade de Raphael:
    - Tem padrão americano de jogo, nada além disso.
    Takeshi complementou:
    - Um jogador bom, mas, foi fácil passar por um time débil, como esse.
    Raphael foi em direção ao goleiro, Izaki:
    - O gol não está bem protegido por você, sabia?
    - O que!?
    - E esse time não é de nada. Otoshi me disse que vocês eram bem melhores que esse lixo, que eu estou vendo.
    - E você deve se achar bem melhor que nós, não é, ô imbecil!
    - Você me chamou de imbecil? HAHAHAHAHAHAHA!!!!!
    - Qual é a graça?
    - Você, seu palhaço. VOCÊ é a graça!
    Izaki não se conteve. Furiosamente, partiu pra cima de Raphael, sendo segurado pelos outros jogadores:
    - Agora você está vendo Raphael em ação, Masato.
    - É, ele gosta de provocar...
    Izaki falou, furiosamente:
    - Você não passa de um maldito exibicionista!!!!!
    - Sério, Izaki. Não diga?
    - Pára de caçoar de mim!
    Takeshi resolveu intervir:
    - Este não é um jogador exibicionista, Izaki. Este é o campeão brasileiro, Raphael Gama do Bangu A.C..
    O time ficou estático:
    - Você está brincando, né, treinador?
    Kazuki respondeu:
    - Não. Este é o Raposa Negra. O homem que venceu o campeonato, elevando o Bangu ao status de mito.
    Raphael retrucou:
    - Parece que você também me conhece bem, não é?
    - Não tão bem como o Masato, mas, o suficinte pra dizer que você não é grande coisa.
    - Como?
    - Você não tem experiência internacional, e, escolheu justo aqui pra começar? Não foi a melhor escolha, ou a mais inteligente, que você já fez, não é?
    Raphael nunca tinha enfrentado, verbalmente, alguém como Kazuki. Parecia que estava conversando com um espelho:
    - Raphael-san, tenho uma proposta pra você.
    - Uma proposta?
    - Isso. Soube que você está procurando um time, estou certo?
    - Sim.
    - E, nosso objetivo é chegar a primeira divisão, este ano. Vou te propor o seguinte: sei que o Gamba Osaka ofereceu-lhe uma proposta muito boa, para jogar lá. Se o seu desejo é jogar aqui, realmente, então, espere um ano.
    - Um ano?
    - Certo. Jogue pelo Gamba, nessa temporada. Ganhe sua experiência e, na volta, você será efetivado aqui. Queremos ver o seu potencial.
    Raphael ficou estático. As palavras de Kazuki mexeram com o íntimo de Raphael, que não conseguia dar uma resposta...

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    Mensagem por matsuyama; Dom Jun 06, 2010 4:07 pm

    eu só li o primeiro post...

    Mas Realmente achei bem legal, mas foi essa tal de " R.Hidaka " que escreveu ou ela pegou de algum site?


    Depois Vou lendo de pouco em pouco Wink


    Obrigado..
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    Mensagem por kiko Dom Jun 06, 2010 4:15 pm

    Se me lembro bem foi ele que escreveu...
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    Mensagem por matsuyama; Dom Jun 06, 2010 4:21 pm

    kiko escreveu:Se me lembro bem foi ele que escreveu...

    pelo que vi está muito bem feito Very Happy Very Happy

    dou meus parabéns para ele e para voce ter trazido para cá Wink Wink Wink
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    Mensagem por R. Hidaka Ter Abr 19, 2011 9:16 pm

    CARAAAAAAAAAAAAAMBA!!!!!! Essa fic é MUUUUUUUUUUUITO antiga! Nela eu falava mais sobre o início (porém, nunca cheguei na fase Japão dela por falta de tempo). Vou relê-la e qdo tiver tempo continuarei ela (ainda me lembro do que RG vai passar na trama)

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